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segunda-feira, 29 de março de 2010

Das coisas que não existem II

29 de março de 2009:

ELES CONFIRMARAAAAM! LOL
Sim, gente, meus queridos leitores, Death cab for cutie confirmou sua esperadíssima turnê pelo brasil, ela deve acontecer em agosto desse mesmo ano. As cidades prestigiadas serão Rio, São Paulo e Porto Alegre, nessa ordem nos dias 09, 11 e 15. Os fãs já esperam para a compra do ingresso antecipado pois, não, os tickets não durarão mais que uma semana. Para comemorar esse evento tããão esperado por todos nós ficamos com um vídeo deles, "A lack of colors", uma das canções que espera-se ouvir no show.



Quando obtiver mais notícias a respeito desse evento maravilhoso informo à vocês!
beijos

Postado por Rúvila Magalhães às 14:30

22 de maio de 2009:

-AMOOOOR! EU GANHEI, EU GANHEI!
-O que você ganhou?
-GANHEI A PROMOÇÃO! EU VOU TER ACESSO AOS BASTIDORES, TUDO O QUE ACONTECER NO PÓS-SHOW, À FESTINHA PARTICULAR DELES! NÃO ACREDITOO! E O MELHOR POSSO TE LEVAR COMO ACOMPANHANTE!
-VAMOS CONHECER O PESSOAL DO DEATH CAB FOR CUTIE!!!!

12 de agosto de 2009:

My love is gonna drown!
O show do Death cab foi simplesmente fantástico. O clima estava perfeito. Os instrumentos em perfeita sincronia. O público cantava junto, sem parar, mas sem ofuscar a linda  voz do Ben que era o que eu queria ouvir naquele momento, sentindo as mãos de meu namorado em minha cintura, me abraçando. Por um segundo pensei que o mundo poderia acabar ali, mas dai lembrei o que viria depois... A melhor música do show foi "Marching bands of Manhattan" e logo após vieram "405","I will follow you into the dark" e "I will possess your heart", sendo que o "iuhuu" dele em "Lightness" me causava longos arrepios assim como seu "Higggh-waaay" em "A movie ending script. Sempre gostei de Death cab pelas letras que conversam muito comigo e meus sentimentos por mais recônditos que estejam, sempre cantam o que eu sinto e não consigo dizer, o Ben Gibbard preenche meus silêncios, em todos os sentidos.
Depooois do show! Sim! Como eu havia ganhado uma promoção tive a chance de conhecer os integrantes da banda no backstage. Eu imaginei esse momento desde o dia em que fiquei sabendo que os conheceria, falaria com eles, em minha mente eu arrasava com um inglês perfeito, os faria rir, conversaria com eles sobre detalhes da vida como se fossemos amigos intimos... HAHA. Quando os vi mal consegui soltar um "hello", travei total. O primeiro que vi foi o Chris Walla, fiquei totalmente em choque quando olhei para o lado dele e lá estava Zooey Deschanel em pessoa (para quem não sabe ela é noiva do Ben), estavam todos em volta de um bolo de aniversário destinado ao Ben, 11 de agosto é seu aniversário, e quem diria, o meu também! O Chris, very fuuny, me levou, juntamente com meu namorado para dentro da salinha hiper aconchegante e quentinha, o que disfarçou a noite fria de agosto, sentei no sofá e fiquei olhando para o bolo. Consegui soltar outras palavras "Today is my birthday too". Nem botei um ponto final na frase começaram a cantar a música que mais odeio em minha vida: Parabéns p'ra você. Mas incrivelmente dessa vez não fiquei constrangida, de jeito nenhum,  fiquei emocionada, a minha voz da sorte cantando parabéns para mim, sem contar que em inglês a carga semântica era menor que a da versão que já havia escutado 16 vezes antes. A emoção, a comoção foi tão grande que senti algo escorrendo pela minha face e, sim, era uma lágrima, que meu namorado tirou de minha bochecha esquerda. Depois do parabéns mais inesperado de minha vida a festeeenha começou, e dai foi como aconteceu em minha mente, todos sentados, conversando como amigos, foram duas horas com cara de 2 minutos, sem exagero nenhum, como poucas ocasiões em minha vida, os minutos passaram mais rápido do que deveriam e o meu melhor aniversário acabou, com um presente absurdo: um show perfeito, com direito a festinha com a banda, parabéns e bolo de aniversário vindo dos Estados Unidos e ainda por cima ganhei deles a discografia TODA AUTOGRAFADA por todos eles, até mesmo a Zooey, que só estava lá para a surpresa do noivo e Chris, que queria se fazer de difícil.
Agora eu pergunto: quem nesse mundo tem mais sorte que eu??
E no fim de semana é a festa com os meus amigos.

Postado por Rúvila Magalhães às 22:17


Bom gente, isso INFELIZMENTE nunca aconteceu. Esse foi mais um "conto" para a sessão "Das coisas que não existem" escrito com base no tema que recebi da Kamila para a primeiríssima edição de uma brincadeira criada pela Laís chamada "Interativos". E também em protesto à uma entrevista de Chris Walla para a MTV em que o guitarrista disse: "Chris contou que podem tocar no Brasil em breve. 'Estamos conversando sobre fazer algumas apresentações no Brasil. Eu espero que role. Deve acontecer não agora nestes meses, mas, provavelmente, em 2009', finalizou." Óbvio que ele deve estar sem um calendário pois essa turnê ainda não aconteceu, mas enfim, estou no aguardo. Sim, a tiete feliz!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Show that you love me*

Ciúme. Qual a sua opinião sobre esse sentimento? (Muitas pessoas devem estar pensando: "o objetivo do blog não é falar sobre os lados positivos de um DESASTRE?" Pois é, foi por isso que perguntei a sua opinião! Se você respondeu algo do tipo "bom" não há muito o que acrescentar, mas se sua resposta foi "uma porcaria, fucking crap!" provavelmente você é a amante você deveria continuar lendo esse texto, ele foi feito para você.)
Caso você jogue a palavra ciúme no google a maioria dos resultados tem algum tipo de relação com psicopatologias, que consistem em doenças psicológicas, e afirmações do tipo "ciúme = doença". Não devemos negar que existam pessoas doentes de verdade sendo nelas um tipo de obsessão saber onde, com quem, quanto tempo o parceiro está longe deles, acho que todos já viram casos nos quais pessoas, geralmente mulheres, contratam detetives para seguir o cônjuge e lhes entregar um relatório, sim, aqui está fora de controle, é uma doença e deixarei para os psicológos/psiquiatras analisarem.
Em minha concepção o ciúme está relacionado com a confiança, tanto em seu parceiro como na pessoa alvo das forças de seu ciúme, muitas vezes um beijo, um toque infiél não parte dos dois lados e isso é algo importante na análise dos fatos e na distribuição de perdões - ou não - se uma pessoa vadia ataca seu namorado e ele não deu motivos para que isso acontecesse a culpa não é dele e sim dessa dita cuja que você não manteve nas rédeas curtas do ciúme, o que é normal caso você confie demais nas pessoas. Porém a falta de confiança excessiva leva à um ciúme excessivo, o que acaba com qualquer relação, sufoca e mata o amor, que se transforma em uma espécie de prisão e muitas vezes leva ao ódio. Psicopatologia? Bingo!
Entretanto o ponto de vista que pretendo desenvolver aqui é outro.
O ciúme é algo natural, inerente ao homem e muito bonito. Quem sente ciúme ama você! Sabe quando você, menina, conta ao pai que tem um namorado? É um ciúme muito justificado. E os meninos quando contam às mamães? Também. "Ninguém vai amar meu(inha) filhinho(a) como eu!". Ou então aquele ciúme da(o) ex? Tudo isso porque você ama e quer proteger, tem medo de que aconteça algo ruim que a pessoa amada se machuque, é um instinto de preservação e proteção. A mesma coisa acontece quando cachorros marcam território por ai, querem proteger o que é deles, de um jeito fail, mas eficiente. Quem ama e não sente ciúme nenhum deveria pelo menos fingir um pouquinho, saber que o parceiro tem ciúmes de você é uma massagem no ego.
Um outro tipo de ciúme, também válido, é o de seus bens, como cds, livros, dvds etc. afinal você trabalhou, deu duro para tê-los ou sinplesmente ganhou de alguém especial, o que é um motivo digníssimo para não querer emprestar para ninguém e manter sob uma redoma de vidro. Mais uma vez: instinto de preservação!
Enfim, ciúme é algo essencial para uma vida saudável! Todos devem sentir um pouquinho de ciúme das coisas e pessoas que ama desde que não vire uma doença, claro.

Pauta para o blorkutando

*Trecho de "Lovefool" do The Cardigans

sexta-feira, 19 de março de 2010

Tainted obligation

Bendito seja o ser que não possui nenhuma responsabilidade, amém. Sim, pode até ser uma boa oração, mas não acho válido. Assuma aqui: ninguém gosta de ter responsabilidades, a palavra responsabilidade aqui é referente às tarefas que precisamos assumir durante nossa vida, elas podem ser simples no começo, como um dar comida ao cachorro, mas daí vão crescendo e crescendo, como mato em terreno baldio, e quanto mais responsável você se mostra mais responsabilidades você ganha, “agora não basta você ter de dar comida ao cachorro mas água também e caso você faça isso direitinho você ganha a obrigação de tirar o cocozinho dele!” e é assim que funciona, pessoas não gostam de responsabilidades então delegam e como você é um exemplo de responsabilidade as tarefas delegadas caem em cima de quem? Do responsável exemplar! Parabéns, você se ferrou! Você precisa pagar as contas em dia, levar os filhos no médico assim que sentem uma dorzinha na cabeça (“E se for um aneurisma??”), dar conta de todo seu trabalho, estar em dia com as matérias da faculdade, isto é, se você já entrou nela, caso negativo você precisa estudar para manter-se bem nos simulados do cursinho e ainda por cima passar no vestibular (ecaaa!) , uma responsabilidade chama a outra, e elas nunca acabam, o pior ainda é quando essa responsabilidade não diz respeito à uma tarefa do dia-a-dia e sim à um compromisso consigo mesmo, com sua consciência, com seus princípios, ai meu amigo, isso é de endoidecer! Já diria Meredith Grey (leia-se roteiristas de Grey’s Anatomy) “Responsibility: it really does suck!”.
Mas como nem tudo é perfeito, acho que não se deve sair por ai reclamando de existirem mil obrigações pendentes em sua agenda, você dois braços e o dia 16 horas, descontando ai as preciosas 8 horas de sono diárias. Imagine sua vida SEM NENHUMA OBRIGAÇÃO, vamos supor que você mora em Cuba, o governo garante tudo para você e o mesmo para todos seus conterrâneos. Como você trabalhava em uma fábrica de munição e, desastrado como é, sofreu um acidente “Sorria, você está na caixa!”, como você mora em Cuba, óbvio você tem pelo menos 4 filhos e já que sua mãe foi uma bruxa contigo você reflete isso em suas filhas que são verdadeiras Cinderelas, executam com primazia a lida da casa, #FreudExplica. Ok, você não precisa trabalhar, não precisa cuidar das tarefas de casa, não precisa preocupar-se com bens materiais, agora me diga: qual será sua ocupação? Sabe no final das férias, período no qual já acabaram as coisas legais para se fazer em tempo livre (como ler aquele romance gigantesco, rever todas as temporadas de Friends e os filmes de Star Wars) daí vem o tédio que o faz partir para o ramo do design de interiores, porque todos sabem que mudar móveis de lugar por tédio é o fim dos tempos, nesse período de fim de férias no qual dá aquela agonia de não ter nenhuma obrigaçãozinha, nenhum post it escrito “fazer urgente”, nenhuma pendência idiota, sim, ai você chega à conclusão de como responsabilidades são importantes no equilíbrio mental. (Claro que há casos onde pessoas estão sobrecarregadas e isso não é bom mesmo, mas na maioria desses casos essa sobre carga é um tanto quanto natural à pessoa que a carrega, com o costume deixa-se de notar o quanto é pesada.)
Uma coisa que eu nunca entendi e nunca entenderei é como existem pessoas que jogam a responsabilidade de suas próprias vidas nas mãos dos pais que escolhem com quem os filhos andarão, as roupas que vestirão, a faculdade, o curso que os filhos farão, com quem casarão... A vida é a única responsabilidade que não se deve delegar nunca. Principalmente quem tem pais por perto, eles adoram estar no controle!
Enfim, a vida precisa ser vivida, com todos os bens e males, todos os prós e contras e cabe a nós, seres humanos, aceitá-los caso viver, e aqui somente “existir” não está incluído, seja a nossa principal meta. E talvez somente aceitá-los não seja o suficiente, devemos abraçá-los com toda a nossa força, afinal são essas coisas que realmente nos mostram que estamos vivos. Begin your journey and do not skip ahead.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Das coisas que não existem

Fim de um relacionamento: fase de sair à caça. Vasculhei meu guarda-roupa em busca de algo decotado, um bom decote, coisa que não usava a tempos. Coloquei um escarpin lindo que guardo para dias especiais. Liguei para minhas amigas e disse que já estava indo buscá-las. Fomos as quatro, on high-heels sex and the city style, para um barzinho, a nossa Samantha logo arranjou companhia então ficamos em três. Eu, como bomba relógio depressiva pós um relacionamento conturbado, teria prefência para sair de lá com um galã hollywoodiano para uma noite de loucuras. Sentada no balcão, vi de longe um cara, me chamou a atenção logo ao primeiro olhar, com aquele cabelo lindo, sorriso contagiante e um copo de Martini na mão, o que me deixou um pouco pensativa, mas whatever, lindo daquele jeito não me importava com o que ele bebia. Olhei para as garotas já dizendo:
-Achei o alvo da noite, lá vou eu atrás do meu McSteamy!
Terminei de um gole só meu drink, peguei um cigarro e fui até ele.
-Tem fogo?
Ele me olhou de cima a baixo, de perto era ainda mais gato.
-Você deve saber que eu tô esperando alguém.
-Alguém com um decote melhor que o meu?
-Alguém que não precisa de um decote para ser notado.
Com o orgulho ferido após essa frase resolvi não deixar barato.
-Okay, eu espero com você, vamos ver se essa pessoa realmente ganha de mim.
Dez minutos depois de muita espera, nenhuma palavra e dois martinis vejo entrando pela porta uma versão aperfeiçoada de Patrick Dempsey, com o mesmo cabelo perfeito, o mesmo sorriso e a mesma cara de quem sabe dizer as palavras certas. "Dane-se meu orgulho estúpido!" pensei "Vou falar com ele." Já estava levantando-me quando percebi que ele vinha em minha direção, ninguém imagina como me senti, olhei de relance para minhas amigas e elas definitivamente estavam olhando para ele também. "Sim, é isso que chamo de McDreamy!" Todas as garotas do bar olhavam para ele. Ele caminhava em minha direção. Virei de costas para o balcão, não antes de acabar com o meu quinto martini da noite, me sentia confiante o bastante, já imaginava A noite que teria com ele. Ele chegou perto de mim, parou e disse com uma expressão "estou-te-imaginando-nua-agora-mesmo":
-Oi! Demorei?
-Sim, estou esperando minha vida toda por você! - respondi com o maior sorriso da minha vida.
-Desculpa, falava com ele! - apontando para o meu amigo do martini. Sim, o martini não me enganara.
Para mostrar que estava on fire ele me diz entre os dentes "não disse?", vira-se para o cara mais lindo que já vi nesses meus 29 anos e dá um beijo nele, aquele beijo de deixar qualquer um com inveja.
Eu, com o orgulho ainda mais ferido, pedi ao garçom "algo mais forte que o martini juntamente com uma dose de auto-estima", peguei o copo e fui juntar-me as minhas chick friends.
-Okay, vocês viram.
-Amiga você está bem?
-Ótima, melhor perder um gato para outro gato que um gato para uma mocréia, certo? Vamos para casa, garotas.
Aos risos desistimos da noite e voltamos para casa, colocamos nossos pijamas e fomos assistir Grey's Anatomy, ver o Patrick Dempsey com outra mulher não era muito consolador mas as cirurgias eram boas. E nesse dia chegamos a conclusão que a disputa por amor, ou por uma boa noite com uma companhia, não era entre pessoas de um mesmo sexo e sim entre pessoas, sexo define apenas o tipo de dor que você sentirá e qual região do corpo você precisa depilar.

História fictícia, como em não-real: Eu não terminei meu namoro e mesmo se isso tivesse acontecido eu estaria de pijama em casa comendo bolacha , assitindo loucamente a segunda temporada de Grey's anatomy e ouvindo Damien Rice. Além disso eu não tenho um escarpin, não uso decotes, não vou a bares, não tenho 29 anos, não bebo martinis. Pauta para o Blorkutando.

segunda-feira, 8 de março de 2010

The winner takes it all*

Para você, ganhar é tudo? Para muitos a frase é: o importante é competir. Pessoalmente fico no meio termo. Ganhar pode até não ser tudo mas é um bom incentivo pra continuar tentando, lutando, jogando. A competição também é algo incrível, faz com que melhoremos a cada passo, in order to win, claro!
Na perspectiva que eu vejo ganhar tem a ver com provar algo, mostrar ao mundo que você pode ser bom. Já vi milhares de exemplos de pessoas que passam noites em claro estudando para passar no vestibular só para mostrar para os pais que são melhores que eles pensam. Pessoas que fazem de tudo - inclusive ferrar com os co-workers - só para ganhar uma promoção na firma onde trabalha...São exemplos que vemos diariamente. Claro que tentar superar-se cada vez mais é ótimo, faz com que você cresça de uma forma positiva o que é super saudável, mas muitas vezes essa superação é forçada, o que faz com que já não seja tão saudável assim e outras vezes tem a ver com o "provar algo" citado anteriormente, o que não é nada bom. Se quer provar algo, prove a você mesmo, estabeleça suas próprias metas e quando atingi-las sim, você ganhou. Talvez isso funcione comigo, alguém que nunca foi pressionada pelos pais, acho que eles nunca me julgaram como um fracasso ambulante, pelo contrário, sempre depositaram bastante fé em mim, o que me fez uma panela de pressão ambulante, eu me pressiono a tentar, festejo minhas conquistas e choro meus fracassos, tudo por mim mesma pois devo um resultado a mim mesma, como pagamento ao meu esforço. Talvez seja por isso que entendo essas pessoas cujo objetivo é provar: ser chamado de loser, ouvir "não esperamos merda alguma de você" deve ser algo incrivelmente positivo para uma baixa auto-estima e um estimulante maior que um pé na bunda. (Mas esse tipo de pais deveria ser punido pois nem todos os filhos tem maturidade o suficiente para usar esse tipo de abuso de autoridade como um empurrão para o crescimento e por acreditarem que pais não mentem e isso é verdade muitos acabam entregando-se a isso e acabam dando razão ao insulto.)
Enfim, nutrir uma obssessão por ganhar é uma coisa perigosa por demais. Quem só pensa em ganhar não aceita uma derrota, o que é péssimo afinal aprendemos mais com os erros do que com os acertos. Vitórias recorrentes são responsáveis por tornar pessoas metidas e insuportáveis, que se acham melhores que os outros e não perdem uma oportunidade de humilhar os concorrentes (salvo algumas exceções, claro!). No entanto todos temos dentro de nós uma Monica Geller gritando "Meu time sempre ganha!", o que é super positivo, isso nos ajuda a ter confiança e mais disposição para competir, além de ajudar no otimismo que deve estar sempre presente no campo de batalha: aqueles sonhos nos quais você figura como o astro do rock, cercado de fãs durante sua festa na psicina em sua enorme mansão em Los Angeles são muito bem vindos, obrigada, afinal o início de tudo é o sonho. Mas como ia dizendo, a perda, desde que não o transforme em um loser pessimista, é muito importante para todos nós: ela nos aponta nossos erros e como não cometê-los again, nos ensina, engrandece nosso caráter, nos faz crescer. The winner takes it all mas o loser aprende, isso é um fato. Sempre quando não conseguir algo que você queria muito pense que você não estava preparado ainda, e não era para ser assim, apesar de doer você não pode focar-se na perda e sim na nova estratégia para a conquista. Ganhar ou perder? Nada disso importa contanto que você nunca desista de sua luta.

*Título de uma música do ABBA

quarta-feira, 3 de março de 2010

Time has come today

-Como você trabalha sob pressão?
-Muito bem, obrigada!

Parece que não é assim que irei arranjar um estágio e que sou uma lame-ass liar mas é a pura verdade. Sou daquele tipo de pessoa que deixa tudo para o último minuto, não tenho orgulho disso e tento mudar, talvez não tão badly, mas tento.A pressão me ajuda, preciso dessa adrenalina correndo, a sensação de que não dará tempo, o coração bombando mais forte para trabalhar melhor. O que nem sempre é bom. Um projeto bem estruturado é uma das chaves apra o sucesso, um longo desenvolvimento muitas vezes é essencial.
Todos reclamam quando seus chefes os pressionam a terminar uma tarefa mais rápido, ou que as mães pressionam a fazer o dever de casa, a pesquisa escolar, arrumar o quarto, dar comida para o cachorrinho. Isso é com certeza um desastre! "Oh, minha vida seria tão melhor sem você me pressionando!". No entanto exitem coisas para as quais não há ninguém que nos pressione para que as façamos. Quem manda você trocar de roupa? Escovar os dentes? Não há um fiscal para isso depois dos 8 anos, então ai entra nossa consciência que, ao acordar, ainda está meio enferrujada e não funciona corretamente, cheia de ajustes a fazer, deixando-nos muitas vezes na regra do 8 ou 80. Com certas coisas lidamos perfeitamente bem, ou nem tanto assim, nos preocupamos demais com algumas coisas e esquecemos de outras de igual importância. Muitas vezes a pressão quem cria é você mesmo, com sua voz interior dizendo "faça isso, Cinderela", "faça aquilo, Cinderela". Somos assim. E muitas vezes acabamos criando uma lista mental com mais trabalho do que podemos lidar, mais tarefas que tempo, coisas simplesmente absurdas para uma pessoa normal, vestimos uma capa de super-herói mas nada é eficiente o bastante. Mas muitos demoram séculos até começar essa pressão psicológica, demoram tanto que o tempo acaba. Regra do 8 ou 80 aqui, não?

Não falarei que essas pessoas devem ser mais organizadas com o seu tempo, planejar melhor as tarefas, não mesmo, é feio apontar para o outro com o dedo sujo, não tenho moral para isso, e claro eu também teria que mudar, mudar é bom, mas também difícil. Muitas pessoas deixam de fazer coisas por medo, o que poderá ser assunto para uma outra prosa, criar pressão psicológica em cima de si mesmo não é lá o melhor modo de vida. Todos precisamos de momentos de paz. Hoje vou assistir "Weeds" e "Sex and the city" o dia todo, jogar "Sonic" loucamente, comer miojo e ler o que Brás Cubas tem a me dizer. Relaxamento.
O que não podemos dizer é que a pressão é uma merda, porque isso é um erro. Pressão nos faz crescer, sim senhor, ao ser pressionado a fazer algo que não gosta você ganha experiência nesse algo que não estaria nem perto de sua realidade caso você pudesse escolher. Você chega a um penhasco e com certeza vai tomar uma decisão. Existem vários pontos de vista, mas esse é o meu favorito: a pressão faz com que você não espere nem mais um segundo.
Agora sim, faça sua lista, mas se lembre sempre: "Homem maduro é aquele que desiste da virtude impossível para não perder a possível". Você não pode fazer tudo, mas faça o que pode.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Mudar é bom?

"Mudanças: Não gostamos, temos medo dela, mas não podemos impedí-las, ou nos adaptamos à mudança, ou ficamos pra trás. É doloroso o processo de crescer, quem diz que não é, está mentindo, mas a verdade é que, algumas vezes, quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam iguais e algumas vezes, a mudança é tudo." (Grey's Anatomy)


A gente muda, a cada segundo uma mudança nova nos ataca, não importa como. Assim como estou em mutação, meu blog também. Sem perceber parei com a psicologia para entrar na sociologia, que me pareceu melhor agora. A psicologia era sobre mim, onde ainda exitem bright sides, a sociologia sobre o mundo, onde o dark side reina, e é sobre isso que ando falando e percebi que assim me saio melhor, então é por onde ficarei, sociologia rocks. Assim, não é só porque não falo mais sobre os bright sides que eles deixaram de existir, não mesmo, eles continuam sendo brilhantes e bons, continuam sendo o motivo pelo qual ouço Jack Johnson numa manhã de domingo. Mas o mundo continua sendo o mundo, cheio de maldade e coisas ruins, continua sendo o motivo pelo qual não assisto telejornais na hora do almoço e não me preocupar com isso seria egoísmo, acho que todos queremos um futuro melhor para nós e nossos filhos que ainda não nasceram (ou não) e para isso devemos manter afiado nosso senso crítico e apontando nossos erros, para transformá-los em acertos.

No entanto essa mudança veio cheia de coisinhas boas: vocês não precisarão mais ler enormes textos sobre mim e minha família louca e lerão textos melhores sobre assuntos de interesse geral (é o que eu espero!). Mas sempre que algo bom for encontrado será destacado por mim com orgulho no peito e brilho nos olhos, o importante é não deixar o otimismo enferrujar e nunca dar lugar ao pessimismo.
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