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domingo, 29 de julho de 2012

Como conheci minha série favorita

Ou: Blasfêmia contra FRIENDS.

Até pouquíssimo tempo atrás eu não conseguia escolher minha série favorita. Longe disso. Costumava separar minhas séries por favoritas em categorias como “’Grey’s Anatomy’ é minha série médica favorita” e por fim eu tinha como favoritas todas as séries que eu via. A disputa era séria e nada fácil de ser decidida. Até conhecer a minha série favorita, eu nunca havia conseguido bater o pé e decidir.

Série de TV é um assunto muito sério pra mim. Passo anos acompanhando, o que significa cultivar uma amizade estreita com os personagens e principalmente descobrir o personagem que eu amo/sou. Quando não me identifico com um personagem da trama, acho difícil levar adiante. É esse o caso de Once Upon a Time, o que é assunto pra outro dia.

Mais legal que eu mesma me identificando com um personagem é um amigo me identificando em determinado personagem. E foi isso que me levou a conhecer minha série favorita. Em um 19 de setembro, uma amiga mandou uma sms de feliz aniversário de namoro dizendo que eu era a Lilly, o namorado era o Marshall enquanto ela mesma era o Ted. Como nunca tinha ouvido falar em nada disso e muito menos desses nomes respondi a sms perguntando quem eram esses e ela esclareceu que eram personagens de uma série. Fui atrás de saber que série era essa daí foi bang.


Estava em ano de vestibular então as distrações tinham hora e local pra acontecer, até mesmo pra uma série de TV (e principalmente pra isso). Passei a programar meu dia. Baixava um episódio pra ver na hora do almoço, até que saiu do controle e nos fins de semana cheguei a ver 16 episódios. Nem preciso dizer que vi seis temporadas em pouco mais de 3 meses, né? Chegando na sétima temporada, comecei a acompanhar os episódios que saiam.

Geralmente eu decido se vou gostar da série no episódio piloto e com How I Met Your Mother não foi diferente. Na primeira temporada eu ri bastante, na segunda ri mais e a proporção das risadas foi aumentando em PG. O enredo é simples: Ted vai contando aos filhos como foi que conheceu a ~misteriosa~ mãe deles e consequentemente conta suas histórias dos tempos de solteiro com os seus melhores amigos em New York City – algumas dessas histórias são bem doidas. No início era difícil de admitir que essa seriezinha me fazia rir bem mais que a clássica e toda amada FRIENDS mas era/é essa a verdade.

Agora, depois de LEGEN (pineapple accidents, Mary the paralegals, Okay awesomes, slutt pumpkins, Swarleys, slapbets, weddings, limos, slapgivings, doppelgangers, Blitzgivings, broaths, challenges accepted, true stories, beercules, Robins, Barneys, Teds, Marshalls e Lillys) DARY DAYS só posso dizer que foi bang bang bang bang. 


E agora estou feliz em tirar esse peso do peito nessa declaração precária de amor à minha série favorita.
Ps: devo dizer que o Gabriel e a Gabi Petrucci insistiram bastante pra que eu começasse a ver a série e minha vida é bem mais feliz agora.


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Singing my blues away



23 de julho. Quando vi que esta data estava chegando, decidi que seria necessário dizer uma ou duas coisas sobre a Amy Winehouse.

Já estamos há um ano sem ela. Estou sentada no meu sofá vendo um especial dela no multishow e prestes a chorar. Ela canta com a alma, com o coração. A cada música que se inicia tenho os mesmos arrepios que tinha desde aqueles 4 meses em 2007 que passei escutando exclusivamente a voz dela.

Fico muito triste quando penso na história dela. Ela morreu tão jovem, com certeza não realizou metade de seus sonhos. Ela foi o meu primeiro ídolo a morrer “nos meus tempos” e talvez seja isso que me deixe tão abalada. Acho muito injusto no dia de hoje ver algumas pessoas chamando-a de drogada. Foram muitas drogas, com certeza, e poderia ter sido diferente mas não foi. Cada um tem sua história e ninguém é limpo o suficiente pra julgar.

Acho que hoje posso dizer que o que me fez ficar tão apaixonada por ela foi a emoção. Poucas vezes vi alguém cantar com toda aquela emoção e isso é insubstituível pra mim. Não me venham com Adele, sério.
E cumprindo aquele juramento que fiz ano passado, na minha biblioteca do Windows Media Player hoje podem ser encontrados dois álbuns: Back to Black e Frank. Ambos baixados com muito amor para as noites de solidão quando canto junto com ela todas as minhas tristezas.

Em todo fim de festa você me encontrará dançando sozinha e de olhos fechados a versão de “Back to Black” que toca na minha cabeça. 


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Cinema em casa, parte 3

O texto mais lido do meu blog é o “Cinema em casa, parte 2”Para escrever esse texto, eu me retorci de agonia por não poder escolher (muito) mais de dez filmes. Sofri por meses pra decidir entre os finalistas anotados no meu caderninho e enfim, com muito sofrimento e dor no coração, eu consegui e vocês viram o resultado final.

O que não pensei na hora de fazer aquela primeira lista foi nos filmes maravilhosos que eu não havia visto ainda, toda aquela beleza e genialidade cinematográfica que ainda era desconhecida por mim. Daí para remediar um pouco a situação e diminuir o peso que me ficou na alma, fiz uma lista dos meus novos 5 filmes favoritos, a lista dos filmes maravilhosos que vi depois de ter terminado a “parte 2”. E agora, sendo realista, as chances de haver uma parte 4, 5, 6, etc são imensas, minha lista dos dez melhores filmes nunca será definitiva. Só estou com vergonha alheia de mim mesma de ter chamado a lista de “Cinema em casa”.

Quase Famosos.

É uma viagem nos túneis do tempo, um embarque na boa música antiga e perfeito para quem gosta de classic rock, como definiria o Song Pop. Essencial para quem gosta de jornalismo e de cultura pop, mais ainda para quem se interessa por jornalismo cultural. As músicas são lindas e o clima anos 90 é irresistível. O filme ganhou o Oscar de melhor roteiro original, ou seja, arrasou!  (Pra quem se liga nesse tipo de coisa, Quase famosos é do mesmo diretor de Elizabethtown.)

Educação.

É uma história de escolhas e crescimento, se perguntarem. A Jenny é uma garota ingênua que tomou decisões ruins, aprendeu com elas e por sorte não foi tarde o suficiente para desfazer o que fez. É um filme fofo, doce e me fez chorar muito já que eu fiz a besteira de vê-lo na véspera do resultado da USP.

Tudo pode dar certo.

Meu filme favorito do Woody Allen. É incrível ver como alguém com tão pouca fé na vida pode ser tão mudado (bjs Evan Rachel Wood com seu sotaque lindo do Sul). Rapidamente se tornou meu filme da esperança, aquele que eu vejo sempre que estou desacreditada das coisas e indico muito que você o veja num desses períodos.

Edukators.

É a revolução batendo na sua porta. “Todo coração é uma célula revolucionária”.  E esse filme nos deixa com vontade de levantar da cadeira e ir fazer alguma coisa pelo mundo, tipo invadir umas casas... Fiquei MUITO aflita durante umas cenas e pensei que fosse morrer do coração. É o tipo de filme que um futuro jornalista precisa ver.

500 dias com ela.

Eu nunca soube dizer se eu amo ou odeio esse filme. Ele machuca, deixa uma dor profunda. Pra mim, ele serve de medidor de caráter; divido o mundo em Team Tom / Team Summer e é a partir disso eu julgo as pessoas (desculpa, sou preconceituosa). Apesar de toda a dor, o filme é doce, é fofo, além de toda aquela genialidade na contagem do tempo. Enfim, é um filme que todos já viram e tem um porque muito evidente.

Ps: Esse é o Centésimo post aqui do blog!

sábado, 14 de julho de 2012

Papel e caneta

A Loren Carolinda propôs um meme fofinho, igual a ela, para nossa querida Máfia e vim responder porque é uma coisa que eu gosto muito! O Meme consiste em responder algumas perguntinhas usando papel e caneta e depois tirar uma foto, mostrando pra todos como é sua letrinha. É muito legal ver as letras dos pessoal da internet, a letra e a voz são duas coisas que humanizam o computador do outro lado, não acham?

Sou viciada em letras e nomes, quando a lista de chamada passa por mim sempre fico olhando por mais tempo que o normal, pra decorar a caligrafia de todo mundo. Que isso não saia daqui mas eu adoro assinar o nome de quem falta, imitando a última assinatura. Não acredito que a caligrafia diga algo sobre a pessoa, mas também não desacredito. Se a minha caligrafia fosse um "reflexo da minha alma" diria que sou multipolar, já que a cada página ela está diferente. Não é uma letra bonita bonita mas é legível.


Esse caderninho não poderia ser mais minha cara! Uma girafa comendo sanduíche de capim.


segunda-feira, 9 de julho de 2012

A (melhor) trilha sonora para andar de bike

Eu sou a louca das trilhas sonoras. Tenho mania de fazer playlist pra tudo: varrer a casa, ir pra faculdade em um dia feliz, sair de casa em um dia chuvoso, voltar pra casa depois de um dia cansativo, viajar, cozinhar e por assim vai. Dessa maneira acabei conectando músicas aos mais diversos tipos de coisas. Um exemplo disso é a roupa que eu uso: dependendo do que estou vestindo no dia escuto essa ou aquela banda. Se você convive diariamente comigo pode reparar que nos dias que uso minha blusa roxa com bolinhas estou ouvindo She and Him, só citando um pequeno exemplo.

Seguindo essa lógica, é claro que eu teria uma playlist para andar de bicicleta! Mas não. Aproveitando o feriadinho em SP, fomos mãe e eu em um parque aqui perto de casa matar minha sede de subir em uma bike e sentir o vento cortando meu rosto em uma tarde de sol e frio – o meu tipo favorito de dia, aquele em que apesar do sol você precisa usar blusa de frio. No carro, consultei minha infinita lista mental de playlists e cheguei a triste conclusão que nunca havia andado de bicicleta com um fone de ouvido. Para remediar a situação, rapidamente escolhi o que tocaria no meu mp3 – sim, eu ainda uso um mp3 – durante a minha volta ciclística: Pixies.

De um mês pra cá estou obcecada por Pixies. Venho treinando pra ser as cool as Kim Deal, por quem me apaixonei desde a primeira vez que ouvi tocando maravilhosamente bem seu baixo – instrumento lindo s2 – e cantando em sua banda alternativa, o The Breeders. Coloquei o álbum Doolittle no meu mp3 e consequentemente foi ele o escolhido para compor minha trilha sonora. (O que tenho a dizer é que 1989 foi um ano feliz para a música, pelo lançamento desse e de outros mais álbuns geniais!)

Acho que poucas vezes na vida me senti tão viva e feliz quanto nessa meia hora andando de bicicleta no meio do mato e cantando o Doolittle. O ventinho congelava meu rosto enquanto eu sorria e gritava debaaaaaaaserrr para quem quisesse ouvir. Em um trecho da ciclovia, enquanto tocava Monkey gone to heaven, só havia uns 50 metros me separando dos carros que iam pela Rodovia Ayrton Senna (aka Trabalhadores) e então fui pedalando de pé, me renovei.

Sinceramente, fiquei tão feliz que até bateu aquela depressão pós-felicidade extrema. Amanhã mesmo irei encher os pneus da bicicleta aqui de casa para repetir a dose, dessa vez sozinha. Se você gosta de andar de bicicleta: faça um favor a si mesmo e tente pedalar escutando o Doolittle



ps: Gabriel, muito obrigada por me ajudar a ver o quanto Pixies é bom <3

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Primeiro Semestre

Como todos sabem, eu entrei na faculdade nesse ano. Primeiro semestre.

É obvio que o primeiro semestre em qualquer faculdade é cheio de primeiras vezes. Muitas. Pra mim não foi diferente. Comecei a ler coisas sérias sobre assuntos sérios para serem discutidos nas aulas por professores doutores sérios (ok, nem todos) que têm diversos livros publicados e passam as férias no exterior. Passei a viajar a cidade todos os dias e entrei em contato com pessoas de lugares bem diferentes e distantes dessa minha bolha cosmopolitana paulista. Gente de vários sotaques passaram a vir conversar comigo todos os dias sobre assuntos diferentes daqueles "preciso estudar física"que eu escutava no cursinho.

Passei a buscar informações sobre política mais constantemente e formei muitas opiniões sobre esse ou aquele partido. Chamo pessoas de "tucanos" como se fosse uma ofensa. Já sei em que vou votar. Aprendi a enxergar coisas que eu não era capaz antes de pisar nas terras férteis da ECA USP todos os dias.

Nesse semestre fiz minha primeira entrevista via e-mail (Oi, Mayra!), entrevistei conhecidos e venci minha timidez pra entrevistar uma desconhecida (e não foi nada difícil, inclusive descobri que não sou tão tímida quanto eu pensava). Percebi que nasci pra essa coisa empolgante que é o jornalismo. Fiz minha primeira matéria (leiam aqui), meus primeiros artigos supostamente sérios e nisso descobri com é possível escrever mais que 5 páginas a partir do que eu aprendi na pior aula da pior professora (aquela que deveria ter se aposentado há anos).

Englobei muitas palavras novas em meu vocabulário do dia a dia com os amigos de outros lugares e principalmente, fiz amigos. Muitos amigos, muitos os quais já posso dizer que sinto saudade (estando apenas no sexto dia de férias). Fui adotada para uma família Ecana e tudo.

O que eu posso falar a partir desse balanço é que não sou mais a mesma pessoa de antes da Semana dos Bixos.

Essa menina com esse alto grau de awesomeness na foto, no dia da matrícula da USP já não existe mais.

Mas o fim do primeiro semestre também me serviu de lição pra que eu me prepare melhor pra alguns desafios que encontrarei no segundo semestre, como o São Remo - um lindo jornal laboratório que tem potencial pra ser muito falado por aqui.

Eu, que tenho uma obsessão por "primeiros", vou deixar esse primeiro semestre bem gravado na minha memória. E como é um recomeço, vou renovar aquela meta de postar mais por aqui. Detestei o vazio que meu blog ficou nesses meses. Agora com a ajuda da Analu :)
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