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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Best of '10

Eu tenho agendas, sim aquelas agendas convencionais que eu uso para colar entradas de cinema duplas e escrever besteirinhas de como tive um dia perfeito e me lembrar das coisas que tenho de fazer. Agendas, daquelas com bilhetinhos das amigas e recadinhos do namorado. Desde 2008 tenho uma tradição: todo domingo eu anoto qual foi a música da semana. A música da semana tem como definição a mais ouvida, mais cantada ou apenas a trilha sonora de um momento especial. Então minha agenda costuma ter uma grande quantidade de músicas anotadas aos domingos. Na última semana do ano eu seleciono a música mais importante do mês criando uma playlist de 12 músicas, clichê (mas como já disse clichês são clichês por um motivo: funcionam). Amo pensar que minha vida tem uma trilha sonora e que posso descrever o meu humor em determinado momento só pelo que eu estava ouvindo. Enfim, acho válido registrar no meu blog minha trilha sonora - também porque acabei me arrependendo de não ter postado a minha playlist do ano passado.


Janeiro
Soul meets body - Death Cab For Cutie

Acho que essa é minha música permanente de Janeiros, sempre será essa até que eu encontre uma mais apropriada. Para quem não conhece a letra é: "I want to live where soul meets body, and let the Sun wrap its arms aroud me and bathe my skin in water cool and cleansing and feel what it's like to be new". É assim que me sinto a cada janeiro nova, aquele velho lema: ano novo, vida nova, mesmo que sua vida continue sendo a mesma você sempre acredita que há um milagre life-changing acontecendo nesse ano. É isso que eu gosto em janeiro, toda a esperança, tanta esperança que ela chega a sair pelos meus ouvidos, apesar da chuva incessante que faz com que eu me sinta um Buendia.

Fevereiro
Gimme Sympathy - Metric

Fevereiro foi o mês de muita ansiedade. Todos os dias eu acordava cedo ligava o computador, colocava uma música e começava a mandar currículos desesperadamente. Nesse mês recebi e-mails de educados "Não, obrigado, não precisamos de ninguém agora!", fiz entrevistas super chiques e recusei um emprego exploratório. Ouvir essa música me dava esperanças e ao mesmo tempo traduzia o que eu sentia nesse momento, dúvidas mortais e necessidade de me superar, além da necessidade de simpatia alheia, claro. Incrível como fevereiro é o mês mais curto do ano e o que tem mais anotações incluindo milhares de "Dia Perfeito" e "Saudade da Luna" (queria mostrar a ela!).

Março
California - Phantom Planet / By the heat of your light - Julliete & The Licks

Em março eu tive uma brilhante idéia, resolvi rever The O.C., minha série BFF. Foi um mês assim, drama puro, eu via um episódio atrás do outro, quando algo me deixava realmente triste e eu não queria ver o próximo abraçava meu travesseiro cantando "I still feel beat by the heat of your light" pensando Damn you, Oliver/Stop lying, Cohen/Don't be a lesbian, Coop, love Ryan, please/Choose Cohen, Summer/Don't do this, Ryan/DO NOT Drink, Kiki/Don't kiss Sophie, Sandy entre outros. E nos breves intervalos eu lavava a louça cantando Califooooooooornia here we come, right back where we started from, Califoooooooooooonia. E também nesse mês li "Cem anos de solidão", livro que totalmente mudou minha vida.

Abril
A movie script ending - Death Cab for Cutie

Quem é fã de Death Cab como eu, que também estava vendo uma série na qual um dos personagens tem a mesma banda como favorita, só pode amar ainda mais A Movie Script Ending. A minha paixão por essa música tem muito a ver com o episódio de Tijuana: a música toca no episódio, propriamente no som do carro dos Cohen quando Seth vai dirigindo para Tijuana. A Summer, super eww na época, reclama da música e o Seth solta o épico "DO NOT INSULT DEATH CAB". A movie script ending marca demais esse episódio que me marcou muito o que me fez ouvi-la sem parar. Calhou que a páscoa foi em abril, viajei para 3 Corações nesse feriado e claro que essa foi a minha trilha sonora. Uma das minhas maiores diversões de viagens é fazer as playlists então como era de se esperar fui de São Paulo à Minas Gerais cantando highway, highway, highway. Foi nesse mês que comecei na Futura, empresa onde fiz meu estágio e me diverti demaais, apredi o que é fotojornalismo e mudei demais minhas idéias sobre faculdades.

Maio
It's De-Lovely - Ella Fitzgerald
(Quem quiser essa raridade é só dizer!)

Talvez minha emo face ou minha eu-adoro-nirvana atitude não mostrem mas eu sou apaixonada por jazz. Amo. Em maio eu estava estagiando feliz e iniciando o Etapa, o que significa muitas horas em ônibus e metrô, o que requer muita música, então estoquei o essencial (death cab, KT, cardigans, nada surf, metric, nirvana) e baixei um suplemento de jazz que até então era inédito para mim, dentre tudo o "Sings the Cole Porter songbook - cd 2" que tem tudo de maravilhoso da Ella, que eu sempre adorei, e me fez imensamente feliz. As viagens de metrô eram curtissímas e super divertidas, meu autismo aumentou 100% nesse período cantando It's De-lovely. Mas também esse foi o mês de minha decadência cultural. Parei de baixar coisas novas e troquei meus romances por livros-texto e apostilas de física. Aqui foi a minha despedida do mundo cultural (até dezembro) com Ella e Neil Gaiman (O mistério da Estrela).

Junho
White Winter Hymnal - Fleet Foxes

Seattle invadiu São Paulo!!! A capital paulista congelou e tudo o que eu queria era um casaco quentinho e tênis secos, uma boa caneca de chocolate quente e White Winter What?. Sempre lembro da escada rolante do metrô Sé indo para o Jabaquara com essa música. Essa música não está anotada na minha agenda nesse mês nenhuma vez, não sei porquê mas fiz justiça a ela agora cause it's impossible pensar no meu inverno sem essa música.

Julho
Acapella - Kelis

Eu estava na minha última semana de estágio na Futura quando o Guilherme me passou 4 gigas de uma infinite playlist. Dentre The National, Stateless e Marina and the Diamonds encontrei essa Kelis em que me viciei. Passei o mês inteiro cantando Acapella principalmente pelo fato de que um dia eu estava passando pelo centro antigo de São Paulo e a escutei tocando em uma loja de sapatos, claramente eu demoro 18 anos para conhecê-la mas o pessoal da loja de sapatos já conhecia. E nem era uma loja de sapatos chique.

Agosto
Ask - The Smiths

"If it's not love than it's the bomb the bomb the bomb the bomb that will bring us together" é o que diz uma camiseta que ganhei de no dia 11, vulgo meu aniversário, do meu namorado. Foi impossível tirar essa música da minha cabeça e de qualquer forma era super agradável irritar a todos ao meu redor com o meu the bomb que cada vez ficava mais alto e mais chato.

Setembro
Your legs grow - Nada Surf

Foi o mês da serenata, eu cantando uma das milhares de músicas-tema de Rúvila e Gabriel para a comemoração de 1 ano de namoro. Tem teve Red Hot, The Blow, Travis etc etc mas como eu sou uma péssima cantora só vai entrar essa mesmo. Cause "you're the only person in the world I feel this way about". Apesar de parecer uma música deprê a princípio se você der uma segunda chance ela mudará sua vida, uma metáfora para minha vida.

Outubro
Mais uma vez - Legião Urbana

Revisão no cursinho, Fuvest a caminho, estresse, nervoso e ansiedade. Eu estava a beira de um colapso e todas as noites o Gabriel me cantava essa música antes de dormir então passou a ser um mantra, sempre que me batia um aperto no coração eu começava a cantar baixinho "quem acredita sempre alcança" e assim foi o meu mês.

Novembro
Hustle Rose - Metric

Mais ou menos no fim de setembro o meu "Old world underground, where are you now?" chegou do Canadá enviado pela minha tia linda, pelo gordo e pela Sophie. Para quem conhece o cd sabe que ele é viciante e com a Fuvest fungando no meu pescoço eu precisava relaxar um pouco e isso quer dizer ouvir Hustle Rose beeeem alto.

Dezembro
Free Bird - Lynyrd Skynyrd

Porque é claro que eu tenho habilidade para tocar essa música no Expert #guitarherofeelings. E é a trilha sonora da cena em que eu choro em Elizabethtown.

Live and Learn - The Cardigans

Em homenagem aos meus balanços e análises de fim de ano, o meu eterno mantra, uma música que me acalma quando acho que foi tudo errado, tudo em vão, tudo uma bosta. You live and you learn.

Claro que eu queria também incluir "This is not a Test" do She and Him, "French Navy" do Camera Obscura, "Xavia" do The Submarines "Serve the Servants" do Nirvana e mais milhares mas o ano só tem 12 meses, né?

PS: Um 2011 incrível para vocês :D que esse seja um ano cheio de ótimas músicas!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Live and Learn

"Well you get what you give
And hell yes I lived
But if you live as you learn
I don't think I'd be learned
Oh with the sun in my eyes
Surprise, I'm living a life
But I don't seem to learn
No I don't think I can learn"
~The Cardigans


Um dia eu ouvi falar que a vida tem um esquema: Live and Learn. Talvez eu fosse ingenua, boba ou inocente demais e eu cometi um misunderstood de maneira que fui colocando rótulos na minha vida do tipo " esse foi o ano do aprendizado", "esse foi o ano da vida" o que eu não entendi é que não é assim que funciona, não mesmo, o aprendizado é parte integrante da vivência mesmo porque muitas coisas você só aprende na prática mesmo, não? Mesmo que você ache que não aprendeu nada você aprendeu, nem que seja um jeito de não fazer alguma coisa.

Esse ano de 2010 foi um ano totalmente novo, cheio de coisas que eu nunca imaginei que viveria, um ano de novidades do começo ao fim. A primeira novidade foi uma pessoa ao meu lado, meu namorado, que esteve do meu meu lado desde o day 1 e estará lá sempre, o que foi totalmente essencial pois sem ele não sei se eu aguentaria tudo o que aguentei, claro que eu sempre terei a minha família, mas é diferente não? Fiz 18 anos, o que a principio não muda nada, até que fui descobrindo que sim, 18 anos trazem mudanças. Perdi muitos amigos, fiz muitos amigos e reconquistei outros com minhas temporadas de séries e meu charme através de sms. Trabalhei até cair, senti o que é estresse daqueles que não te deixa sorrir. Aprendi a andar pela zona oeste e escolhi o lugar onde vou comprar meu apê. Percebi que estou quase irreconhecível e muitas coisas que eu amava agora perderam o brilho. Percebi que eu posso ser bright and shiny mesmo sendo dark and twisty por dentro. Acho que o que aprendi de mais valioso nesse ano é que a ansiedade não leva a nada, pelo contrário, estraga o que você está vivendo agora. (Aprender isso não quer dizer que eu deixei de ser a ansiedade em forma de células, de forma alguma, devo até estar mais ansiosa agora para aplicar essa lição na minha vida de 2011. )

Resumidamente meu ano foi assim fiquei quatro meses em casa nas maiores férias da minha vida fazendo nada além de procurar estágio e escrever no blog e essa situação estava me matando até que eu achei o estágio. Comecei a estagiar e em maio comecei a fazer cursinho pré-vestibular, ainda incerta do porquê e sobre qual curso eu prestaria, mas dou graças a Deus por ter começado, nunca me esforcei tanto como nesse período de Etapa e me sinto imensamente grata por todo o aprendizado que recebi lá, mesmo tendo de sacrificar muitas coisas como posts semanais no blog, aulas de design gráfico e a sétima temporada de Grey's anatomy. Eu não passei na concorrida Usp que eu tanto queria por um misero ponto mas não fiquei triste porque eu sabia ter errado no escolha do curso e também sei que embora eu esteja bem preparada intelectualmente para uma faculdade ainda não estou pronta psicologicamente. Depois do estágio, que terminou em julho, comecei a trabalhar em um escritório de contabilidade com estalactites no banheiro e intermináveis ligações que fica exatamente em frente da minha casa, tipo uns 20 passos. Trabalhar de verdade, não ser apenas uma estagiária, me ensinou demais, não só no plano contábil mas me ensinou muito sobre mim mesma, esses 5 meses de trabalho foram a minha maior prova de resistência, no kidding, queria desistir todos os dias mas nunca desisti, aprendi a administrar meu próprio dinheiro e posso dizer que não peguei dinheiro com minha mãe nenhuma vez, consegui guardar bastante e ainda emprestei uns para o meu pai, comprei coisas que eu queria, saí, me diverti mas sempre dentro das minhas limitações de vestibulanda. O plano é trabalhar lá até que minhas atividades de 2011 (Etapa e Web Design) comecem porque a partir daí vai ser eu e as apostilas no ano de mais estudo e menos dinheiro de minha existência. Uma coisa constante nesse período foi o meu desejo de que 2010 acabasse logo, uma característica minha em tempos difíceis é essa, acreditar que coisas boas virão com o próximo mês de janeiro.

This is how it works: o aprendizado te atinge, você não sabe ao certo o que está aprendendo mas tem certeza que no futuro você saberá e isso será incrivelmente valioso, a única coisa que o momento te revela é que aprender doí bastante e você é mais forte do que imagina.

PS: Feliz Natal!! ;)


domingo, 12 de dezembro de 2010

Toda saudade que se pode sentir

Você se foi deixando um vazio permanente atrás de si, que nada poderá preencher - eu poderia passar todas as tardes de minha vida cantando Damien Rice desde que você se foi. Por mais insignificante que meus sentimentos mais puros possam parecer para o mundo eu sei que em seu microcoração saltitante eles são valorosos e você nunca se importou que eu os dividisse com você.

E hoje não há barulho, só toda a saudade que se pode sentir.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Porque The O.C. is life!

Tudo começa com um garoto em uma família bagunçada que vive em Chino Hills, o irmão praticamente o força a ajudá-lo a roubar um carro. Os irmãos são pegos em flagrante, o mais velho vai para a prisão e o mais novo para uma instituição de menores na qual é atendido por um promotor público que o liberta e o leva para sua casa em New Port Beach. Na casa desse promotor dá logo de cara com uma garota com quem tem a mais intensa conversa que qualquer um já viu, digamos que foi um amor a primeira vista, pelo menos quem vê sabe que eles ficarão juntos. O promotor, a quem chamaremos de Sandy, avisa a sua esposa, a quem chamaremos de Kirsten, que está com um garoto que tirou de uma instituição e que não tem onde ficar e se poderia ficar com eles até poder voltar para casa. A priori Kirsten abominou a idéia mas como não havia outro jeito então o garoto ficaria na casa da piscina nesse meio tempo. Ao entrar na casa de Sandy e Kirsten, a qual chamaremos de Casa dos Cohen, encontra com o filho nerd amante de Death Cab For Cutie do casal jogando vídeo game com o cabelo todo bagunçado. A trama desenvolve-se a partir daí. O garoto fica com os Cohen, uma família incrível e totalmente rica, passa a freqüentar a escola dos ricos e ter uma vida incrivelmente conturbada por dramas. Acho que mesmo se eu mudasse todos os nomes todos ainda saberiam que eu estou falando do clássico seriado que mudou a vida de todas as garotas de 16 à 19 anos e viram TV nos anos 00’.

Sim, The O.C. foi um dos maiores marcos da minha vida primeiramente aos 13 anos, quando eu vi pela primeira vez, aos 17 quando revi as quatro temporadas e agora aos 18 quando por influencias externas (oi Dani, oi Cauê!) não consigo parar de pensar na série, o que me trouxe aqui. O que muita gente acha, erradamente, é que essa é uma daquelas séries completamente fúteis, aqueles teenagers drama mas, meus amigos, essa série passa longe disso. Uma vez me perguntaram “o que te leva a assistir essa série?” e eu não conseguia elaborar uma resposta concreta foi o que me levou a crer que era o sentimento, principalmente pela segunda vez, ouvir aquele refrão “California here we comes right back where we started from” e aquela cena do Ryan levando a Marissa na bicicleta dele, ah, isso me dá aquela “saudade de tudo que ainda não vi” que o Renato Russo descreve, alguém me entende? O sentimento que eu tenho ao ver The O.C. é uma coisa que eu nunca consegui explicar. Às vezes me lembro de uma cena dos Cohen + Ryan reunidos na cozinha e o Sandy começa a dizer “yogolates”, como se fosse a palavra mais engraçada do mundo e dou risada sozinha. Eu acabei agregando essa família a mim. Meus 13 anos se resumiam a isso: Eu via um episódio no SBT no domingo e segunda eram 6 aulas comentando sobre ele com a minha Best e a gente também brigava pelo pôster Adam Brody Cara x Ben Mackenzie coroa (hoje esse pôster encontra-se exposto no meu guarda roupas).

Vamos a um flashback: Luke enfiando a porrada no Ryan e soltando a frase clássica “Welcome to O.C., bitch”, Ryan quebrando uma garrafa e mandando o Volchock vir brigar com ele e em seguida lembro de todas as maldições que roguei para Marissa quando ela começou a namorar esse punk retardado que causou a sua morte. O épico episódio de Tijuana em que o Seth e a Summer vão brigando, o Seth solta aquela frase que eu sempre uso (“Do not insult Death cab”), tenta expulsar a Summer do carro que acaba quebrando e eles precisam dormir em um hotel barato de beira de estrada, no mesmo episódio a Marissa vê o Luke beijando outra e tem aquela overdose e quase morre. Os shows no The Bait Shop de bandas como The Walkmen, The Killers, Modest Mouse, The Thrills, Rachael Yamagata, The Subways e DEATH CAB FOR CUTIE, banda pela qual Seth e eu nutrimos um grande amor, e quem lembra do episódio também lembra que ele perdeu o show. O Oliver motherfucker dançando depois de ligar para Marissa falando que tomou comprimidos e ela indo correndo para lá. O quadrilátero amoroso Zack x Summer x Seth x Anna que acabou por tirar da série a Anna e em seguida o Zack. A Marissa namorando o jardineiro depois a Alex depois o Volchock. Quem não chorou, ou pelo menos não se emocionou com a internação da Kirsten? Com o Ryan indo embora com a Theresa? Com a fuga marítima do Seth para Portland? Com a morte do Caleb? Com os vai-e-vens da Summer e do Seth? Com todas as perdas, separações, tiros em irmãos, porradas, brigas, armações, noites no píer, bebedeiras, proms, drogas?... Quem não chorou com a morte da Marissa?

Tudo isso embalado pelas piadas e o humor negro do nosso querido Seth Cohen, um dos principais motivos pelos quais vi até o último episódio mesmo com a Taylor sendo colocada no lugar da Marissa e a Julie Cooper grávida do Frankie Atwood (?). A Summer com aquele jeito engraçado dela de chamar a todos pelo sobrenome (Confesso que eu e uma amiga já tentamos imitar isso mas não deu muito certo pelo fato do meu sobrenome ser enorme e difícil de abreviar: Magalhães) . O jeito como os personagens foram crescendo e tornando-se cada vez mais maduros e mais transtornados, aquela coisa, você olha para eles e diz “Cara, eles não tem a mesma idade que eu!”. Da série toda tenho de admitir que o meu favorito sempre será o Cohen, talvez porque eu seja uma versão dele, sei lá. Enfim. Mesmo como uma huge fan de The O.C. não fico triste que acabou porque o como já disse do meio da quarta temporada em diante já não era o mesmo seriado, a morte da Marissa foi o fato decisivo, se não tivessem dado um final ao show teria tornado-se só mais uma série de adolescentes fúteis e provavelmente eu teria parado de ver e esse post não teria sido escrito, enfim...

domingo, 7 de novembro de 2010

O que faz você feliz?

O que faz você feliz? É isso que eu me pergunto desde sempre. O amor me faz muito feliz, o amor de verdade daquele que faz uma pessoinha acordar as 7 da manhã para me dar bom dia e me faz chorar de saudade, o amor de quem me colocou no mundo e me liga todos os dias nos meus 60 minutos de almoço para ver se eu realmente estou almoçando, o amor daquelas pessoas essenciais que me mandam sms fofinhas, que me chamam de sis, que me dão esmaguinhas, que somem o ano inteiro mas um dia me mandam 10 mil depoimentos que deixo na minha página inicial do Orkut para ler sempre que eu entro lá, o amor de três peludinhas que fazem a maior festa quando eu chego em casa. Ver a minha versão televisiva em uma série médica dark and twisty faz com que eu me sinta menos danificada nesse mundo cruel em que vivemos e ao mesmo tempo me faz bright and shiny achando que tudo é possível apesar dos pesares e minha vida caso eu tivesse nascido na California, fosse rica e bonita. A song is meant to keep me doing what i’m supposed. E agora, o que mais me faz feliz? Esse mais é um problema bem grande para mim, um problema que vive bitting my ass há mais de dois anos já.
Vamos aos fatos: eu acordo, tomo banho, tomo café e vou trabalhar, trabalho das oito ao meio dia vou para casa almoço por uma hora e volto ao trabalho, trabalho da uma às cinco e meia, vou em casa pego minha mochila e corro para o cursinho onde fico das sete e dez às cinco para as onze, volto para casa e morro até o dia seguinte para recomeçar a jornada. No fim de semana tenho uma lista de exercícios acumulados, um quarto sujo e bagunçado, unhas mal feitas, pernas para depilar e um monte de tarefinhas de casa para fazer. E minha vida não será diferente disso até o final da faculdade o que me leva a uma conclusão barata: se eu não incluir o que eu gosto no meu dia-a-dia eu nunca terei tempo de fazer o que me deixa feliz, falando profissionalmente. Ou seja, eu preciso escolher um curso que eu goste e me sinta confortável para trabalhar com ele every single fucking Day. Aqui é que o meu problema se encontra. A minha situação é a seguinte, eu faço tanta coisa que eu não gosto que eu nem lembro mais das coisas que eu realmente gosto. Às vezes tenho vontade de fazer minha versão de “Comer, rezar, amar” pegar meu dinheiro que estou juntando para conhecer a Califorinia (mas que no final vou usar para começar a comprar meu apartamento na vila madalena) e tirar meu ano sabático fazendo meu próprio “The Happiness Project” mas quem me conhece sabe que não tenho guts para isso, eu sou certinha demais para isso, sou muito ligada a opinião alheia, infelizmente, e isso me atrapalha, me torna uma pessoa insegura, óbvio. Queria ser uma Samantha Jones, bater no peito e dizer “Fuck what they think” mas não consigo, queria ser mais confiante, menos tímida e danificada.
Sabe o lado bom? Assumir essas coisas para os meus dois leitores três leitores já é um ponta pé para o início do Rehab, you know what i mean, apontar o que está errado é um bom meio para corrigir. O que eu posso dizer é que eu acho que não deveria ter prestado o curso que prestei na FUVEST, e já sei mais ou menos o caminho que eu deveria seguir e ele tem muito a ver com o que eu estou a fazer agora, que é escrever. Mas como a vida não é só isso ainda tenho muitas providencias a tomar, muitos ajustes a fazer, muitos erros para cometer. O meu presente me tornou a Addison na segunda temporada lutando por aquele casamento que ela sabia que já estava acabado só para ver o que vai dar, eu lutando para ver no que vai dar. Mas in the end of the Day eu passei esse ano todo errando, o que me ensinou muitas coisinhas, me ensinou a levantar depois de cada crise e que dar o meu melhor é o melhor caminho mesmo que isso me deixe uma estoicista asceta a La Cecilia Meireiles com a lack of dom literário, claro. A vida é bem assim, abrir mão de coisas para se ter outras.

domingo, 17 de outubro de 2010

One in a milion

E um desses dias em que nada acontece entrei em um ônibus, não cheio, mas com todos os lugares preenchidos por pessoas com uma estou-muito-cansado-para-sair-nessa-sexta-feira-a-noite expressão. Eu era a única de pé com minha eu-sou-um-zumbi expressão. Sentia-me exposta até que uma pessoa com uma até-que-eu-sairia-hoje-se-não-tivesse-de-trabalhar-amanhã expressão levantou e então ocupei o seu lugar e me tornei mais uma pessoa com uma estou-muito-cansado-para-sair-nessa-sexta-feira-a-noite expressão.

domingo, 19 de setembro de 2010

Oi, você.

Você, que segura a minha mão bem forte para andarmos lado a lado dentre a multidão, você que me aperta e enche de beijos, que me segura em seus braços em fortes abraços fazendo com que eu me esqueça do mundo, que me ama mesmo que eu seja a pessoa mais defeituosa desse mundo, que cuida de mim, que me liga para dar boa noite mesmo depois de eu ter dormido e não lembrar de nada no dia seguinte (e ainda fica feliz por poder me testar nesse momento de inconsciência), que me mostra o mundo de outro jeito, que me mostra novas maneiras de pensar, que me transforma a cada dia numa pessoa melhor, que mudou totalmente o meu jeito de pensar, que me estimula a gostar da vida da maneira que ela é, você que eu acordo às 7 da manhã só para dar um bom dia, que só me faz bem, que me deixa chorar as mágoas de menina perdida, você que me abre novos (e só nossos) caminhos. Oi você, que me pediu em namoro em um banquinho da pracinha da Etesp.

É, você, só você.

Há um ano você ocupa a parte mais importante de mim, o coração. O mesmo coração que nem ao menos sabia que existia antes de você aparecer. Você mantem algo dentro de mim em equilíbrio, aumenta meu desejo de consevação, me faz querer aquela casa de velas no topo de uma colina, me estabiliza e imediatamente conserta tudo que eu estrago, me abraça forte e me faz esquecer tudo de errado que está acontecendo na minha vida. Você me faz sonhar, algo que há tempo já tinha perdido. Seu olhar puro diz tudo, tudo. Aprendi a ler todas as respostas que eu preciso nos seus olhos, esses smiling eyes nunca mentem. Há um ano o seu amor me salvou e juntos vamos vencendo todas as dificuldades que aparecem em nossos caminhos. Um ano. Só com você o ano mais difícil da minha vida foi também o melhor. Só com você, meu amor.

"when you're holding me
we make a pair of parentheses.
There's plenty of space to encase
whatever weird way my mind goes,
I know I'll be safe in these arms"


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Àquele-que-não-se-deve-nomear

Hoje eu acordei escritora e não isso que você vem me treinando para ser. Hoje vejo poesia até mesmo nos olhares raivosos que você me lança.

Eu tenho coração, peço que você o tenha também. Não me olhe como se eu te devesse perfeição, não me olhe como se eu não pudesse errar. Não me olhe como se você não errasse também. Seus erros são até mesmo piores que os meus afinal eu nunca disse saber o que estava fazendo, você em compensação, age como se soubesse de tudo. A boa noticia para mim é que certas coisas não se aprende com intelecto e sim com o coração. A principio disse que queria aprender hoje me arrependo, não quero aprender nada disso, você nem ao menos se preocupa com minhas dúvidas. Não me venha dizer que sou um desperdício de tempo e espaço, você mal me conhece. O que você sabe sobre mim além de meu nome? Nome que você faz questão de repetir sempre que algo de errado acontece. Não me venha com seu ar bossy, você não manda em mim, estou aqui por não ter outra escolha no momento. Somos opostos. Sua linguagem é outra. Poderia escrever seu nome aqui que ainda assim você não entenderia o que estou dizendo, para você isso é somente um amontoado de palavras. O enterro de sua sensibilidade aconteceu no dia de seu nascimento. Eu o culpo por cada sorriso vazio que eu dou, por cada expressão de insatisfação, pela minha cresente falta de paciência, por todo o meu stress, pela minha crescente ingnação com as formas de poder. Seus amigos não são meus amigos, cada minuto perto de você é um pouco mais de veneno depositado em meu peito. Você sabe o que é melhor para você e para mim, só não o faz por não ter culhões, assim como eu que também sei o que seria melhor para mim nesse momento mas não o faço, não por falta de coragem como você, e sim por necessidade. Necessidade maldita essa de viver em uma sociedade em que um pedaço de papel compra almas. Nesse momento sou apenas mais uma alma vendida, mas pode ter certeza que isso passará. Queria fugir, mas meu espirito está preso aqui, então seguro o grito que queria dar e volto a minha rotina idiota que se torna a cada minuto mais intolerável. O que eu tenho a dizer é que essa rotina, para mim, tem os dias contados mas para você ela é a vida toda.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Relatividades

O ódio e a rivalidade caminham lado a lado. Apesar de independentes são complementares mas ao contrário da rivalidade, que pode ser muito construtiva, o ódio infundado tende a vir acompanhado de muita destruição e sofrimento. Um exemplo de rivalidade construtiva, que trouxe bons frutos para toda a população mundial, é a existente entre capitalismo e socialismo durante o período da Guerra Fria. Nesse período as maiores potencias de ambos os lados queriam provar quem era a melhor, o que trouxe muitos resultados como o homem no espaço e o desenvolvimento bélico. Neste caso se o ódio tivesse falado mais alto, com todo o arsenal nuclear existente na época, possivelmente não existiria homem vivo para contar história. Atualmente o ódio e a incompreensão entre populações, culturas ou religiões tende a guerras, ataques terroristas e violência, levando a morte muitos inocentes.

Existe também a crença de que o amor e o ódio são complementares, que um bom amor nasce a partir de um grande ódio. Tanto o amor como o ódio são sentimentos extremos, pólos opostos e se o amor pode levar ao ódio por que não o contrário? Muitas vezes um sentimento bom, como o amor, pode nascer entre pessoas que passam muito tempo brigando.

Entretanto o ódio, assim como o medo, pode servir como um mecanismo de auto-preservação, caso usado na medida certa. Muitas vezes por odiar uma idéia, uma situação o homem evita coisas que podem ser prejudiciais à vida propriamente dita, mesmo que indiretamente o ódio pode evitar muitas situações indesejadas. Geralmente pessoas evitam fazer com o próximo o que odeiam receber, o que pode ser percebido no trânsito, por exemplo. Aqueles que usam a seta sempre que vão dobrar uma esquina são os mesmos que odeiam os que não usam a sinalização.

De modo geral, todo e qualquer sentimento gera uma lista de prós e contras afinal existem diversos modos de interpretação, vários pontos de vista a serem considerados e o que é verdade em um minuto pode não ser mais. Para tudo há a necessidade do uso do bom-senso, da virtude e do equilíbrio pois sem esses quase nada se torna viável na vida, a tendência à extremos pode ser muito perigosa.

Proposta de redação do Fique Esperto, jornal do Etapa (chupa!). Dissertação super impessoal, deem suas notas ai...

terça-feira, 7 de setembro de 2010

with the lights out it's less dangerous

Quem acompanha meu blog sabe que eu sempre falo sobre o lado bom das coisas e talz, mas sabe, às vezes a vida é uma bosta. Hoje eu fiquei triste, sem saber o porque e não há remédio para isso, abri meu nevermind e tudo que eu encontrei foram confirmações para minha tese, a vida é uma bosta. Sentei na cama com o laptop no colo e coloquei uma playlist mix de Nirvana e Hole, própria para as horas de intenso questinamento, como agora. Às vezes não temos remédio para nada.

O que você mais gosta de fazer? Qual faculdade você escolheu? Isso parece bullshit, no fundo é, mas nesse mundo moderno precisamos nos perguntar esse tipo de coisa. Eu estou desde os quatro anos de idade na escola, (não na mesma, claro) há alguns meses no cursinho, sempre estudando para chegar a esse ponto, uma prova ridícula no final do ano que me dirá se a partir de janeiro de 2011 estarei ou não na universidade de São Paulo cursando tal curso. O problema é o "tal curso". Passei a vida toda estudando, quando se estuda demais acaba-se perdendo a percepção das coisas reais... o que uma matriz identidade realmente significa para você? e a energia potencial, vai bem hoje? O pior de tudo é que estudar para essa damn prova e ter de trabalhar acaba com o tempo que eu poderia gastar fazendo o que eu gosto, as vezes até me esqueço das coisas que gosto. Eu amo escrever e vocês já viram o buraco que está no meu blog? Esse é um ano daqueles que servem de metal de sacrificio, o sonho não pode oxidar nunca, não é mesmo? E, tell me baby, QUAL É O SEU SONHO? Seu maior sonho de, sei lá, 3 anos atrás ainda é seu maior sonho? A vida é efêmera. Carpe Diem. Fuck you, e o seu damn Diem, eu mal tenho tempo de dormir 6 horas completas. Eu tô com uma espinha enorme no meio da testa e comecei a parecer com o que eu sinto, Carpe that! Ganhar um salário já não me parece tão valioso assim. Sem contar aquela damn sensação de powerlessness, tudo que eu penso em fazer já foi feito. Pra que que as pessoas vão perder o (precioso) tempo delas lendo um blog qualquer, de uma desconhecida ai quando se tem um livro da Clarice Lispector, do Machadão, de uma JK Rowling que seja? Pra que eu vou ouvir uma banda independente tailandesa se o John Lennon já disse tudo? É tudo questão de oportunidade (e sorte). Não estou defendendo o novo, o indie ou independente aqui, tanto porque sou uma pessoa de clássicos, mas nem só de clássicos se mantem uma prateleira, whatever.

Sabe o que foi a poesia modernista brasileira? Dentre outras coisas, foi uma tentativa de ver as coisas como se fosse a primeira vez, nunca parei para pensar tanto nisso. O mundo está mudando, mas continua a mesma coisa, precisamos das mesmas coisas. Se conformar que o mundo não será salvo por você pode ser triste demais para a esperança que talvez ainda se encontra em você, acho que a verdadeira nobreza deve ser essa: acordar todos os dias pensando que ainda dá para salvar o mundo, se não salvar, pelo menos mudar. Ficarei feliz em ter pelo menos um dia de nobreza por semana. It's better to rise then fade away.

Acho que pouca gente sabe que o Kurt Cobain usava drogas porque era o único meio de diminuir suas dores de estômago. É fácil julgar sem saber o que há por dentro. One more special message to go, as defense I'm neutered and spayed, What the hell I'm trying to say? I got so high that scratched till I bled. É, tem dias que a vida é uma bosta mesmo.
 
 

domingo, 15 de agosto de 2010

"Entre nós e o alheio, sempre vemos o outro, mas nunca o 'eu', que há no meio"

E ele acordou no meio da noite assustado. Sua cabeça lhe era arracanda fora de seu pescoço com um riso de gozo e alegria como uma criança que acaba de ganhar um brinquedo novo, o sangue vermelho e quente lhe saia pelos poros como um visco mal-cheiroso numa tarde de verão. Era doce sua carne, tão humana quanto poderia ser. Aquela forma angelical de urso de pelúcia era o seu pior demônio, mesmo sendo insano tinha medo. Como um urso de pelúcia poderia arrancar-lhe a cabeça? Pois sim, poderia sim, ele era grande, ele era forte. Levantou-se tonto, sem ligar as luzes, tateou as paredes, abriu a geladeira e assim em um único trago bebeu um copo de requeijão cheio de vinho. Era para a cabeça. Voltou para cama. Esse sonho era recorrente, como ainda tinha algum efeito é o que não sabia responder.
Seus vizinhos reclamavam ao sindico de seu único cd, aquele cd surrado que escutava todos os dias desde os 15 anos, que refão seria melhor que aquele?
"I love myself better than you
I know it's wrong, so what should I do"

Sua rebeldia adolescente era criticada por todos a sua volta, suas constantes bebedeiras eram motivo de constante preocupação de ninguém, afinal quem se importaria com um mero fantasma semi-morto de uma metrópole.

O vinho foi capaz de tirar seus pensamentos daquele sonho, foi capaz de recolocar a máscara no local de onde nunca deveria sair, não em horário comercial. Saia de casa, para o trabalho com uma nova identidade, como num ritual, e naquele escritório empoeirado ninguém sabia de suas bebedeiras, ninguém reclamava de seu cd. Era outro. A sociedade não via, era um perfeito anônimo, seus colegas de trabalho confundiam seu nome e ele nem ao menos corrigia, afinal what's the point again? Era um funcionário exemplar, cumpria metas, fazia o que lhe pediam, cumpria horas extras, resolvia problemas ao invés de criá-los.

Não era visto pelo mundo então em seu particular não via o mundo, como uma exemplar revanche. Não lia jornais. Não tinha televisão. Não tinha mais que dois conhecidos. Não tinha nada além do melhor wisky que seu indiferente salário poderia comprar e um toca discos que todas as noites reproduzia o mesmo cd. Roupas surradas que ele mesmo lavava a mão e passava com o esmero de quem esconde algo. Era dois. Talvez três. Não, era só dois mesmo.

Mais uma noite, o mesmo sonho. Lembrou-se da primeira vez que esse amargo sonho lhe ocorreu. Tinha 6 anos. Pediu ao pai um urso que falava, tinha visto no comercial da televisão, assim como propaganda de miojo, coisa boba. Seu pai disse que não compraria mais um brinquedo, afinal para que tantos brinquedos? Sua reação ainda é assunto da família nas noites de natal: empilhou todos os seus brinquedos no quintal e ateou fogo. Agora poderia ter um urso que fala já que não tem mais nenhum brinquedo. Ao saber do ocorrido, por razões, óbvias seus pais nunca mais lhe compraram nenhum brinquedo. Rebeldia infantil tem cura, não se preocupe, meu bem. Até que em um almoço de família sua prima idiota de dois anos que nem ao menos sabia falar o próprio nome aparece com o urso que fala, e fala mais que ela por sinal, fala lindamente em seus ouvidos que era seu, como se no algodão que o enche batesse um coração que o pertencia. Decidiu fazer justiça. Tomou o urso que fala das mãos do bebe babão e lhe arrancou a cabeça, lhe tirou as macias entranhas de algodão e o órgão responsável por sua fala.

Assim aos 6 anos foi o mundo todo, representou a injustiça só então conhecida pelos adultos e entre ele e o resto só havia ele, ele e ele. Sim, ele foi o mundo. E o apogeu de sua existência docemente acabou assim como a fala do urso, mas ao contrário da vida inexistente de um urso para a sua não havia remendos. Assim foi a cegueira de quem não via nada além do eu.

sábado, 7 de agosto de 2010

Choking on your alibis*

Eu poderia começar agora com minha prolixidade tola e feminina dizendo milhares de reclamações sobre minha rotina super atarefada e falta de domínio do meu próprio tempo mas isso seria apenas uma alegoria para a minha hipocrisia mais profunda pois a verdade é que eu amo essa situação e o significado dela. Por mais pior que seja ser uma estudante do Etapa (chupa!) e funcionária de um escritório com estalactites tudo ao mesmo tempo ainda vejo inúmeras vantagens em trocar meu pijama e noites de sono bem dormido superior a 10 horas por casacos domingueiros e noites de 5h30min. O meu trabalho é super digno, leia-se “nada que minha mãe se envergonha”, e me dá um salário que possibilita que eu pague meu cursinho. Quem faz cursinho concorda comigo que dá uma vontade de chorar de alegria cada vez que se imagina o próprio nome no meio da lista de aprovados. Uma coisa compensa a outra e é óbvio que para ir atrás do que se quer é necessário abrir mão de algumas coisinhas como sessão da tarde, Internet o dia todo, batata frita unhas pintadinhas, rosto livre de olheiras, aulas de culinária, design, direção e aquele sono da beleza, mas faculdade é igual filho: você quer mesmo sabendo que dá trabalho, faz um puta esforço para conseguir e quando consegue é ai que seu trabalho começa...


Bom, vamos dizer que falta de tempo não é apenas um burden in your life e então te darei motivos para acreditar nisso:

1- Você tem desculpas para tudo: não comprar presente para seu pais no dia dos pais, não arrumar o cabelo, deixar o quarto bagunçado, não precisar ir ao mercado...

2- Você tem o “eu mereço”. Por exemplo: você tem mil obrigações to get done mas você pode sair pra se divertir um pouco afinal você merece!

3- Você tem a pressão, o que é bom pois só assim é que sai alguma coisa.

4- Você tem direito de procrastinação afinal você está sem tempo.

5- A falta de tempo elimina o fator “peso na consciência” de tudo que eu disse.

Se esses meros cinco motivos não te fazem gostar de “estar sem tempo” pelo menos mostram que meu otimismo não enferrujou de vez como eu achei que tinha acontecido. Sabe que as vezes é necessário tomar um tapa na cara para que você pare de reclamar da vida e eu andei sob alguns nocautes ai, a vida vai ser sempre assim, não vou ter um tempinho a mais nunca então não posso ficar reclamando e parar de fazer as coisas que eu gosto por isso. “Não é a vida como está e sim as coisas como são”. É a vida, fazer o que, agora é arregaçar as mangas, parar de reclamar e pau na máquina. Adoro essa sensação de esforço e que tudo que eu receber será bem merecido.

Hmm – sabe que esse provavelmente será meu último post com 17 anos?? É, meus amigos, dia 11 i’m turning 18. Que a força esteja comigo nessa vida sem restrições de agora em diante.


foto de arquivo da minha ex-best ainda no plástico!

 
 
Blog de cara nova.
 
*Mr. Brightside - The Killers

domingo, 30 de maio de 2010

Nothing is gonna stop me now**

Bom, sempre quis postar um texto antigo aqui e já que há tempos não consigo parar para escrever um texto específico para o blog, acho que essa hora chegou. Esse texto é do início de 2009, um tanto quanto depressivo nada a ver comigo hoje, mas as vezes é necessário lembrar de onde viemos para provar a nós mesmos o quanto somos fortes, por quanta coisa ruim já passamos e pelo que sobrevivemos e além disso poder dizer: "Nothing is gonna stop me now". 
Texto original, sem nenhuma modificação.


"The police and the private*

São Paulo-SP, lá pelos 35º, mas nada comparado aos 40 do Rio.

suor e cheiro de calor, uma música doce, apelidada de glam Rock e de tempos em tempos um ventinho vindo da cozinha emprovisada na sacada de casa, já que a reforma nos mordeu nesse começo de ano. o sangue ainda está grudado no meu pé, e um livro ainda quica pra lá e pra cá em minha mente. a noite, antes de dormir, sozinha, é o único momento em que eu paro pra pensar que tem uma parte de mim faltando, seria bom preenche-la, mas só nesse momento, antes de dormir, pois durante o resto do tempo esse vazio não me incomoda nem um pouco mesmo, até me conforta, pois eu sei que posso ser forte o bastante pra me aguentar mesmo faltando uma parte e isso faz de mim melhor, de um jeito masoquista e estranho, mas melhor, nem que essa sensação de melhor seja só o efeito de um comprimido de cloridrato de fluoxetina, ou uma longa sessão Grey's Anatomy. A sensação de melhor é fugaz, passageira, efêmera, mas a eternidade padece ao meu instante."
 
Rúvila Magalhães - 13 de janeiro de 2009 - Retirado do Close
 
*Música da banda Metric
**Música tema do seriado The O.C. cantada pela banda Phantem Planet e toque do meu celular :)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Complexo de subdesenvolvido

Enquanto uns gastam pequenas fortunas com carros importados, casas luxuosas e supérfluos, outros não tem ao menos o que comer. É esse o lema de uma coisinha chamada “desigualdade social”. A desigualdade é algo inerente ao mundo e nunca acabará, nem mesmo em um regime socialista. Um exemplo disso acontece em Cuba país no qual a população que é totalmente socialista não possui um sabonete para tomar banho enquanto seu ex-governante, o ditador Fidel Castro, tem uma das maiores fortunas do mundo. Agora fica mais fácil de se concluir que o progresso não pode esperar o fim da desigualdade caso contrário ele nunca virá.
Quantas vezes já não se ouviu dizer que o Brasil é o país do futuro mas talvez por falta de atenção não foi percebido que esse futuro já chegou. O brasileiro, de maneira geral, tem a auto-estima danificada e persiste em subestimar-se de uma maneira injustificável afinal o que o jornal está cheio é de motivos para que o brasileiro orgulhe-se de seu país: o presidente fechou um acordo internacional que muitos outros já tentaram antes e fracassaram, não se tem guerra, religiões são respeitadas, homofobia está cada vez menor, um empresário e engenheiro já está representando o país na lista de maiores fortunas do mundo na internacionalmente reconhecida revista Forbes, o país é pioneiro na criação de tecnologias de ponta para extração de petróleo e assim a lista vai.
Claro que o progresso anda a passos lentos, principalmente em um país que já foi tão explorado como este, a desigualdade social já existente acentua-se: enquanto uns entram para a lista dos mais ricos do mundo muitos outros perderam tudo nas recentes chuvas. Mas não se deve ser severo demais com essa desigualdade pois é nela que muitos vêem o desafio de vencer, vêem o quanto a ascensão social é importante para uma qualidade de vida melhor e é nessa luta que se cresce. O crescimento devagar que seja leva ao progresso, mas não se deve ter a falsa ilusão que um dia ela acabará afinal muitos enxergam a desigualdade como um obstáculo e nunca tentam superá-la.
O Brasil é um país em pleno crescimento e desenvolvimento, não se é a 8º maior economia mundial a toa, e a tendência é a melhora dos níveis de desenvolvimento e qualidade de vida no país, o que será ainda melhor quando o povo descobrir que o crescimento de um país não depende exclusivamente dos governantes mas de todos, cada passo que se dá a frente já é um lugar conquistado, o país tem muito potencial que precisa se explorado para o bem comum.

Dissertação a partir do tema proposto no Fique Esperto parte do jornal do ETAPA, afinal quem não quer entrar na USP em 2011?

domingo, 9 de maio de 2010

Esperança enlatada

"And by the way
You know that hope will make you strange
Make you blink, make you blank, make you sink
It will make you afraid of change
And often blame
The box with the view of the world
And the ones that fill the frame
I turn it up, but then I turn it off
Because i can't stand when they start to talk
About the hurting and killing
Whose shoes are we filling
The damage and ruin
Man the things that were doing
We gotta stop, we gotta turn it all off
We gotta rewind and start it up again

Because we fell across the fall line
Ain't there nothing sacred any more"

(Fall Line - Jack Johnson)

Ultimamente ter esperança é algo que te torna estranho, as pessoas esperam o pior da vida sempre, otimismo é algo guardado para o próximo porque muitos nem compram o que falam, isto quando esse otimismo frajuto não está enferrujado e guardado lá no porão. Ter esperança é difícil, ser pessimista e desistir logo, oh boy isso é muito mais fácil e ainda garante mais tempo para que você contemple a sua coleção de quases que ficaram guardados com muito orgulho na sua gaveta. Ser superficial é muito mais fácil. Um apelo: faça questão de ser estranho, ter esperança é o que nos mantém vivos, o mundo precisa de esperança. Esperança. Quem espera sempre alcança!

Hm-- minha maior esperança por agora é conseguir arranjar tempo para postar textos de verdade e retribuir os comentários. Mas sacrifícios são necessários e são eles que fazem a vida valer a pena.  Agora me diga, em que você tem esperança? 

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Make me normal from now on*

Sabe quando uma coisa acontece tanto que por mais estranha que ela seja você acostumou-se a ela? Pois é, já estamos tão acostumados às coisas que nem reclamamos mais e por fim elas tornam-se normais, coisas do cotidiano.
Eu trabalho com fotojornalismo, traduzindo: acontece alguma coisa importante que vai virar notícia daí um de nossos fotógrafos faz algumas fotos sobre o evento e manda para nós que editamos e deixamos disponível para nossos clientes que são jornais e sites em sua maioria. Durante o dia chegam muitas pautas, vulgo conjuntos de fotos, sobre assaltos, morte por bala perdida decorrente de tiroteio entre policiais e bandidos, carros roubados por quadrilhas, assassinos que saem impunes, capotamento de caminhões, incêndios e assim vai. Tudo que eu acabei de citar pertence ao cotidiano. O crime dominando as nossas vidas, nos prendendo em casa e deixando a vida cada vez mais hopeless, por que ninguém mais reclama? Porque isso é considerado normal!
Em contraste com a normalidade vem a estranheza das pessoas à respeito de um casal que já é casado há 20 anos mas nunca briga e ainda age como se os apaixonados fossem namorados.Ou um casamento que deu certo e continua dando há muito tempo. Ou ainda a estranheza à respeito do carinha da sua rua que é gay e às vezes anda de mãos dadas com o namorado, menos ainda, ele é gay.
Sempre me pergunto o por quê dessa inversão, violência é normal mas o amor não? Seria uma coisa de nossa criação? Desde crianças vemos desenhos onde o mocinho luta com o vilão, a favor do bem, claro, mas há violência e nesse caso ela é ainda considerada uma coisa boa afinal é necessário o quebra-pau todo para que o mocinho ganhe, mas alguém já viu o SBT exibindo um desenho animado matinal sobre uma linda história de amor endless, onde dá tudo certo? Acho que não.
A TV influencia muito uma criança, falo por mim mesma, sempre assisti aqueles programas da Tv cultura como Ra-tim-bum, X-tudo, O mundo da lua e outros e minha infância foi muito diferente da que as crianças de hoje tem. A TV influencia muito um adulto, falo por mim mesma, nos dias que minha mãe assiste o Datena ela simplesmente quer proibir a mim e a minha irmã de sair de casa pois o mundo é muito violento. Violência existe mas não podemos nos trancar em casa, no final é por isso que classificamos esses tipos de crime como cotidiano porque acontecem, aconteceram e acontecerão amanhã também. That's what you get quando se coloca 6,6 bilhões de pessoas juntas e inventa o dinheiro e intrumentos que causam a morte, os interesses pessoais falam mais alto e no fim a violência passa a ser uma coisa normal, ponto final.

*Trecho de "normal" do Foo Fighters

sexta-feira, 9 de abril de 2010

No pain, no gain

"Yeah, I'm gonna try yeah, just a little bit harder
So I can give, give, give, give him every bit of my soul."
Janis Joplin


É mais que lógico que ao desejar algo o aspirante lute por ela, afinal as coisas não caem do céu, porém muitos desistem no meio do caminho e não obtem o que desejavam. A dor faz parte da conquista, sem ela o significado de uma realização não é o mesmo, o valor dessa conquista não é o mesmo e in the end of the day percebemos que quanto mais lutamos por alguma coisa mais apreço temos por ela.
Somos seres humanos, sentimos fome, sede, cansaço, vontade de descançar. Todos, sem exceção. Quando queremos algo lutamos e tentamos sempre dando o nosso melhor para chegarmos ao sucesso, mesmo caso o fracasso nos atinja poderemos dormir no sossego pensando que tentamos, com paixão.
O período mais importante de nossas vidas é sempre o período no qual estamos lutando por um ideal, ou desejo, tudo é válido. O que se deve lembrar, com orgulho, é de cada momento no qual você pensou em desistir mas mesmo assim resistiu, todas as manhãs frias e chuvosas nas quais você levantou e saiu para trabalhar ou ir à escola, todas as noites nas quais você deixou de dormir seu merecido sono, ter seu descanço para passar horas estudando, sentado na cadeira do cursinho, ou em seu quarto enquanto sua cama linda está te esperando, imagine as mães que levantam na madrugada, com o filho chorando, para alimentá-los. A dor determina o quanto amamos o nosso ideal, a nossa própria força e o quão somos merecedores do sucesso.
This is how it works: você quer algo? Então lute, batalhe, trabalhe e dê o seu melhor. Não reclame demais e, principalmente, não desista nunca, a dor faz parte e é ela quem fará o seu sucesso melhor.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Das coisas que não existem II

29 de março de 2009:

ELES CONFIRMARAAAAM! LOL
Sim, gente, meus queridos leitores, Death cab for cutie confirmou sua esperadíssima turnê pelo brasil, ela deve acontecer em agosto desse mesmo ano. As cidades prestigiadas serão Rio, São Paulo e Porto Alegre, nessa ordem nos dias 09, 11 e 15. Os fãs já esperam para a compra do ingresso antecipado pois, não, os tickets não durarão mais que uma semana. Para comemorar esse evento tããão esperado por todos nós ficamos com um vídeo deles, "A lack of colors", uma das canções que espera-se ouvir no show.



Quando obtiver mais notícias a respeito desse evento maravilhoso informo à vocês!
beijos

Postado por Rúvila Magalhães às 14:30

22 de maio de 2009:

-AMOOOOR! EU GANHEI, EU GANHEI!
-O que você ganhou?
-GANHEI A PROMOÇÃO! EU VOU TER ACESSO AOS BASTIDORES, TUDO O QUE ACONTECER NO PÓS-SHOW, À FESTINHA PARTICULAR DELES! NÃO ACREDITOO! E O MELHOR POSSO TE LEVAR COMO ACOMPANHANTE!
-VAMOS CONHECER O PESSOAL DO DEATH CAB FOR CUTIE!!!!

12 de agosto de 2009:

My love is gonna drown!
O show do Death cab foi simplesmente fantástico. O clima estava perfeito. Os instrumentos em perfeita sincronia. O público cantava junto, sem parar, mas sem ofuscar a linda  voz do Ben que era o que eu queria ouvir naquele momento, sentindo as mãos de meu namorado em minha cintura, me abraçando. Por um segundo pensei que o mundo poderia acabar ali, mas dai lembrei o que viria depois... A melhor música do show foi "Marching bands of Manhattan" e logo após vieram "405","I will follow you into the dark" e "I will possess your heart", sendo que o "iuhuu" dele em "Lightness" me causava longos arrepios assim como seu "Higggh-waaay" em "A movie ending script. Sempre gostei de Death cab pelas letras que conversam muito comigo e meus sentimentos por mais recônditos que estejam, sempre cantam o que eu sinto e não consigo dizer, o Ben Gibbard preenche meus silêncios, em todos os sentidos.
Depooois do show! Sim! Como eu havia ganhado uma promoção tive a chance de conhecer os integrantes da banda no backstage. Eu imaginei esse momento desde o dia em que fiquei sabendo que os conheceria, falaria com eles, em minha mente eu arrasava com um inglês perfeito, os faria rir, conversaria com eles sobre detalhes da vida como se fossemos amigos intimos... HAHA. Quando os vi mal consegui soltar um "hello", travei total. O primeiro que vi foi o Chris Walla, fiquei totalmente em choque quando olhei para o lado dele e lá estava Zooey Deschanel em pessoa (para quem não sabe ela é noiva do Ben), estavam todos em volta de um bolo de aniversário destinado ao Ben, 11 de agosto é seu aniversário, e quem diria, o meu também! O Chris, very fuuny, me levou, juntamente com meu namorado para dentro da salinha hiper aconchegante e quentinha, o que disfarçou a noite fria de agosto, sentei no sofá e fiquei olhando para o bolo. Consegui soltar outras palavras "Today is my birthday too". Nem botei um ponto final na frase começaram a cantar a música que mais odeio em minha vida: Parabéns p'ra você. Mas incrivelmente dessa vez não fiquei constrangida, de jeito nenhum,  fiquei emocionada, a minha voz da sorte cantando parabéns para mim, sem contar que em inglês a carga semântica era menor que a da versão que já havia escutado 16 vezes antes. A emoção, a comoção foi tão grande que senti algo escorrendo pela minha face e, sim, era uma lágrima, que meu namorado tirou de minha bochecha esquerda. Depois do parabéns mais inesperado de minha vida a festeeenha começou, e dai foi como aconteceu em minha mente, todos sentados, conversando como amigos, foram duas horas com cara de 2 minutos, sem exagero nenhum, como poucas ocasiões em minha vida, os minutos passaram mais rápido do que deveriam e o meu melhor aniversário acabou, com um presente absurdo: um show perfeito, com direito a festinha com a banda, parabéns e bolo de aniversário vindo dos Estados Unidos e ainda por cima ganhei deles a discografia TODA AUTOGRAFADA por todos eles, até mesmo a Zooey, que só estava lá para a surpresa do noivo e Chris, que queria se fazer de difícil.
Agora eu pergunto: quem nesse mundo tem mais sorte que eu??
E no fim de semana é a festa com os meus amigos.

Postado por Rúvila Magalhães às 22:17


Bom gente, isso INFELIZMENTE nunca aconteceu. Esse foi mais um "conto" para a sessão "Das coisas que não existem" escrito com base no tema que recebi da Kamila para a primeiríssima edição de uma brincadeira criada pela Laís chamada "Interativos". E também em protesto à uma entrevista de Chris Walla para a MTV em que o guitarrista disse: "Chris contou que podem tocar no Brasil em breve. 'Estamos conversando sobre fazer algumas apresentações no Brasil. Eu espero que role. Deve acontecer não agora nestes meses, mas, provavelmente, em 2009', finalizou." Óbvio que ele deve estar sem um calendário pois essa turnê ainda não aconteceu, mas enfim, estou no aguardo. Sim, a tiete feliz!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Show that you love me*

Ciúme. Qual a sua opinião sobre esse sentimento? (Muitas pessoas devem estar pensando: "o objetivo do blog não é falar sobre os lados positivos de um DESASTRE?" Pois é, foi por isso que perguntei a sua opinião! Se você respondeu algo do tipo "bom" não há muito o que acrescentar, mas se sua resposta foi "uma porcaria, fucking crap!" provavelmente você é a amante você deveria continuar lendo esse texto, ele foi feito para você.)
Caso você jogue a palavra ciúme no google a maioria dos resultados tem algum tipo de relação com psicopatologias, que consistem em doenças psicológicas, e afirmações do tipo "ciúme = doença". Não devemos negar que existam pessoas doentes de verdade sendo nelas um tipo de obsessão saber onde, com quem, quanto tempo o parceiro está longe deles, acho que todos já viram casos nos quais pessoas, geralmente mulheres, contratam detetives para seguir o cônjuge e lhes entregar um relatório, sim, aqui está fora de controle, é uma doença e deixarei para os psicológos/psiquiatras analisarem.
Em minha concepção o ciúme está relacionado com a confiança, tanto em seu parceiro como na pessoa alvo das forças de seu ciúme, muitas vezes um beijo, um toque infiél não parte dos dois lados e isso é algo importante na análise dos fatos e na distribuição de perdões - ou não - se uma pessoa vadia ataca seu namorado e ele não deu motivos para que isso acontecesse a culpa não é dele e sim dessa dita cuja que você não manteve nas rédeas curtas do ciúme, o que é normal caso você confie demais nas pessoas. Porém a falta de confiança excessiva leva à um ciúme excessivo, o que acaba com qualquer relação, sufoca e mata o amor, que se transforma em uma espécie de prisão e muitas vezes leva ao ódio. Psicopatologia? Bingo!
Entretanto o ponto de vista que pretendo desenvolver aqui é outro.
O ciúme é algo natural, inerente ao homem e muito bonito. Quem sente ciúme ama você! Sabe quando você, menina, conta ao pai que tem um namorado? É um ciúme muito justificado. E os meninos quando contam às mamães? Também. "Ninguém vai amar meu(inha) filhinho(a) como eu!". Ou então aquele ciúme da(o) ex? Tudo isso porque você ama e quer proteger, tem medo de que aconteça algo ruim que a pessoa amada se machuque, é um instinto de preservação e proteção. A mesma coisa acontece quando cachorros marcam território por ai, querem proteger o que é deles, de um jeito fail, mas eficiente. Quem ama e não sente ciúme nenhum deveria pelo menos fingir um pouquinho, saber que o parceiro tem ciúmes de você é uma massagem no ego.
Um outro tipo de ciúme, também válido, é o de seus bens, como cds, livros, dvds etc. afinal você trabalhou, deu duro para tê-los ou sinplesmente ganhou de alguém especial, o que é um motivo digníssimo para não querer emprestar para ninguém e manter sob uma redoma de vidro. Mais uma vez: instinto de preservação!
Enfim, ciúme é algo essencial para uma vida saudável! Todos devem sentir um pouquinho de ciúme das coisas e pessoas que ama desde que não vire uma doença, claro.

Pauta para o blorkutando

*Trecho de "Lovefool" do The Cardigans

sexta-feira, 19 de março de 2010

Tainted obligation

Bendito seja o ser que não possui nenhuma responsabilidade, amém. Sim, pode até ser uma boa oração, mas não acho válido. Assuma aqui: ninguém gosta de ter responsabilidades, a palavra responsabilidade aqui é referente às tarefas que precisamos assumir durante nossa vida, elas podem ser simples no começo, como um dar comida ao cachorro, mas daí vão crescendo e crescendo, como mato em terreno baldio, e quanto mais responsável você se mostra mais responsabilidades você ganha, “agora não basta você ter de dar comida ao cachorro mas água também e caso você faça isso direitinho você ganha a obrigação de tirar o cocozinho dele!” e é assim que funciona, pessoas não gostam de responsabilidades então delegam e como você é um exemplo de responsabilidade as tarefas delegadas caem em cima de quem? Do responsável exemplar! Parabéns, você se ferrou! Você precisa pagar as contas em dia, levar os filhos no médico assim que sentem uma dorzinha na cabeça (“E se for um aneurisma??”), dar conta de todo seu trabalho, estar em dia com as matérias da faculdade, isto é, se você já entrou nela, caso negativo você precisa estudar para manter-se bem nos simulados do cursinho e ainda por cima passar no vestibular (ecaaa!) , uma responsabilidade chama a outra, e elas nunca acabam, o pior ainda é quando essa responsabilidade não diz respeito à uma tarefa do dia-a-dia e sim à um compromisso consigo mesmo, com sua consciência, com seus princípios, ai meu amigo, isso é de endoidecer! Já diria Meredith Grey (leia-se roteiristas de Grey’s Anatomy) “Responsibility: it really does suck!”.
Mas como nem tudo é perfeito, acho que não se deve sair por ai reclamando de existirem mil obrigações pendentes em sua agenda, você dois braços e o dia 16 horas, descontando ai as preciosas 8 horas de sono diárias. Imagine sua vida SEM NENHUMA OBRIGAÇÃO, vamos supor que você mora em Cuba, o governo garante tudo para você e o mesmo para todos seus conterrâneos. Como você trabalhava em uma fábrica de munição e, desastrado como é, sofreu um acidente “Sorria, você está na caixa!”, como você mora em Cuba, óbvio você tem pelo menos 4 filhos e já que sua mãe foi uma bruxa contigo você reflete isso em suas filhas que são verdadeiras Cinderelas, executam com primazia a lida da casa, #FreudExplica. Ok, você não precisa trabalhar, não precisa cuidar das tarefas de casa, não precisa preocupar-se com bens materiais, agora me diga: qual será sua ocupação? Sabe no final das férias, período no qual já acabaram as coisas legais para se fazer em tempo livre (como ler aquele romance gigantesco, rever todas as temporadas de Friends e os filmes de Star Wars) daí vem o tédio que o faz partir para o ramo do design de interiores, porque todos sabem que mudar móveis de lugar por tédio é o fim dos tempos, nesse período de fim de férias no qual dá aquela agonia de não ter nenhuma obrigaçãozinha, nenhum post it escrito “fazer urgente”, nenhuma pendência idiota, sim, ai você chega à conclusão de como responsabilidades são importantes no equilíbrio mental. (Claro que há casos onde pessoas estão sobrecarregadas e isso não é bom mesmo, mas na maioria desses casos essa sobre carga é um tanto quanto natural à pessoa que a carrega, com o costume deixa-se de notar o quanto é pesada.)
Uma coisa que eu nunca entendi e nunca entenderei é como existem pessoas que jogam a responsabilidade de suas próprias vidas nas mãos dos pais que escolhem com quem os filhos andarão, as roupas que vestirão, a faculdade, o curso que os filhos farão, com quem casarão... A vida é a única responsabilidade que não se deve delegar nunca. Principalmente quem tem pais por perto, eles adoram estar no controle!
Enfim, a vida precisa ser vivida, com todos os bens e males, todos os prós e contras e cabe a nós, seres humanos, aceitá-los caso viver, e aqui somente “existir” não está incluído, seja a nossa principal meta. E talvez somente aceitá-los não seja o suficiente, devemos abraçá-los com toda a nossa força, afinal são essas coisas que realmente nos mostram que estamos vivos. Begin your journey and do not skip ahead.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Das coisas que não existem

Fim de um relacionamento: fase de sair à caça. Vasculhei meu guarda-roupa em busca de algo decotado, um bom decote, coisa que não usava a tempos. Coloquei um escarpin lindo que guardo para dias especiais. Liguei para minhas amigas e disse que já estava indo buscá-las. Fomos as quatro, on high-heels sex and the city style, para um barzinho, a nossa Samantha logo arranjou companhia então ficamos em três. Eu, como bomba relógio depressiva pós um relacionamento conturbado, teria prefência para sair de lá com um galã hollywoodiano para uma noite de loucuras. Sentada no balcão, vi de longe um cara, me chamou a atenção logo ao primeiro olhar, com aquele cabelo lindo, sorriso contagiante e um copo de Martini na mão, o que me deixou um pouco pensativa, mas whatever, lindo daquele jeito não me importava com o que ele bebia. Olhei para as garotas já dizendo:
-Achei o alvo da noite, lá vou eu atrás do meu McSteamy!
Terminei de um gole só meu drink, peguei um cigarro e fui até ele.
-Tem fogo?
Ele me olhou de cima a baixo, de perto era ainda mais gato.
-Você deve saber que eu tô esperando alguém.
-Alguém com um decote melhor que o meu?
-Alguém que não precisa de um decote para ser notado.
Com o orgulho ferido após essa frase resolvi não deixar barato.
-Okay, eu espero com você, vamos ver se essa pessoa realmente ganha de mim.
Dez minutos depois de muita espera, nenhuma palavra e dois martinis vejo entrando pela porta uma versão aperfeiçoada de Patrick Dempsey, com o mesmo cabelo perfeito, o mesmo sorriso e a mesma cara de quem sabe dizer as palavras certas. "Dane-se meu orgulho estúpido!" pensei "Vou falar com ele." Já estava levantando-me quando percebi que ele vinha em minha direção, ninguém imagina como me senti, olhei de relance para minhas amigas e elas definitivamente estavam olhando para ele também. "Sim, é isso que chamo de McDreamy!" Todas as garotas do bar olhavam para ele. Ele caminhava em minha direção. Virei de costas para o balcão, não antes de acabar com o meu quinto martini da noite, me sentia confiante o bastante, já imaginava A noite que teria com ele. Ele chegou perto de mim, parou e disse com uma expressão "estou-te-imaginando-nua-agora-mesmo":
-Oi! Demorei?
-Sim, estou esperando minha vida toda por você! - respondi com o maior sorriso da minha vida.
-Desculpa, falava com ele! - apontando para o meu amigo do martini. Sim, o martini não me enganara.
Para mostrar que estava on fire ele me diz entre os dentes "não disse?", vira-se para o cara mais lindo que já vi nesses meus 29 anos e dá um beijo nele, aquele beijo de deixar qualquer um com inveja.
Eu, com o orgulho ainda mais ferido, pedi ao garçom "algo mais forte que o martini juntamente com uma dose de auto-estima", peguei o copo e fui juntar-me as minhas chick friends.
-Okay, vocês viram.
-Amiga você está bem?
-Ótima, melhor perder um gato para outro gato que um gato para uma mocréia, certo? Vamos para casa, garotas.
Aos risos desistimos da noite e voltamos para casa, colocamos nossos pijamas e fomos assistir Grey's Anatomy, ver o Patrick Dempsey com outra mulher não era muito consolador mas as cirurgias eram boas. E nesse dia chegamos a conclusão que a disputa por amor, ou por uma boa noite com uma companhia, não era entre pessoas de um mesmo sexo e sim entre pessoas, sexo define apenas o tipo de dor que você sentirá e qual região do corpo você precisa depilar.

História fictícia, como em não-real: Eu não terminei meu namoro e mesmo se isso tivesse acontecido eu estaria de pijama em casa comendo bolacha , assitindo loucamente a segunda temporada de Grey's anatomy e ouvindo Damien Rice. Além disso eu não tenho um escarpin, não uso decotes, não vou a bares, não tenho 29 anos, não bebo martinis. Pauta para o Blorkutando.

segunda-feira, 8 de março de 2010

The winner takes it all*

Para você, ganhar é tudo? Para muitos a frase é: o importante é competir. Pessoalmente fico no meio termo. Ganhar pode até não ser tudo mas é um bom incentivo pra continuar tentando, lutando, jogando. A competição também é algo incrível, faz com que melhoremos a cada passo, in order to win, claro!
Na perspectiva que eu vejo ganhar tem a ver com provar algo, mostrar ao mundo que você pode ser bom. Já vi milhares de exemplos de pessoas que passam noites em claro estudando para passar no vestibular só para mostrar para os pais que são melhores que eles pensam. Pessoas que fazem de tudo - inclusive ferrar com os co-workers - só para ganhar uma promoção na firma onde trabalha...São exemplos que vemos diariamente. Claro que tentar superar-se cada vez mais é ótimo, faz com que você cresça de uma forma positiva o que é super saudável, mas muitas vezes essa superação é forçada, o que faz com que já não seja tão saudável assim e outras vezes tem a ver com o "provar algo" citado anteriormente, o que não é nada bom. Se quer provar algo, prove a você mesmo, estabeleça suas próprias metas e quando atingi-las sim, você ganhou. Talvez isso funcione comigo, alguém que nunca foi pressionada pelos pais, acho que eles nunca me julgaram como um fracasso ambulante, pelo contrário, sempre depositaram bastante fé em mim, o que me fez uma panela de pressão ambulante, eu me pressiono a tentar, festejo minhas conquistas e choro meus fracassos, tudo por mim mesma pois devo um resultado a mim mesma, como pagamento ao meu esforço. Talvez seja por isso que entendo essas pessoas cujo objetivo é provar: ser chamado de loser, ouvir "não esperamos merda alguma de você" deve ser algo incrivelmente positivo para uma baixa auto-estima e um estimulante maior que um pé na bunda. (Mas esse tipo de pais deveria ser punido pois nem todos os filhos tem maturidade o suficiente para usar esse tipo de abuso de autoridade como um empurrão para o crescimento e por acreditarem que pais não mentem e isso é verdade muitos acabam entregando-se a isso e acabam dando razão ao insulto.)
Enfim, nutrir uma obssessão por ganhar é uma coisa perigosa por demais. Quem só pensa em ganhar não aceita uma derrota, o que é péssimo afinal aprendemos mais com os erros do que com os acertos. Vitórias recorrentes são responsáveis por tornar pessoas metidas e insuportáveis, que se acham melhores que os outros e não perdem uma oportunidade de humilhar os concorrentes (salvo algumas exceções, claro!). No entanto todos temos dentro de nós uma Monica Geller gritando "Meu time sempre ganha!", o que é super positivo, isso nos ajuda a ter confiança e mais disposição para competir, além de ajudar no otimismo que deve estar sempre presente no campo de batalha: aqueles sonhos nos quais você figura como o astro do rock, cercado de fãs durante sua festa na psicina em sua enorme mansão em Los Angeles são muito bem vindos, obrigada, afinal o início de tudo é o sonho. Mas como ia dizendo, a perda, desde que não o transforme em um loser pessimista, é muito importante para todos nós: ela nos aponta nossos erros e como não cometê-los again, nos ensina, engrandece nosso caráter, nos faz crescer. The winner takes it all mas o loser aprende, isso é um fato. Sempre quando não conseguir algo que você queria muito pense que você não estava preparado ainda, e não era para ser assim, apesar de doer você não pode focar-se na perda e sim na nova estratégia para a conquista. Ganhar ou perder? Nada disso importa contanto que você nunca desista de sua luta.

*Título de uma música do ABBA

quarta-feira, 3 de março de 2010

Time has come today

-Como você trabalha sob pressão?
-Muito bem, obrigada!

Parece que não é assim que irei arranjar um estágio e que sou uma lame-ass liar mas é a pura verdade. Sou daquele tipo de pessoa que deixa tudo para o último minuto, não tenho orgulho disso e tento mudar, talvez não tão badly, mas tento.A pressão me ajuda, preciso dessa adrenalina correndo, a sensação de que não dará tempo, o coração bombando mais forte para trabalhar melhor. O que nem sempre é bom. Um projeto bem estruturado é uma das chaves apra o sucesso, um longo desenvolvimento muitas vezes é essencial.
Todos reclamam quando seus chefes os pressionam a terminar uma tarefa mais rápido, ou que as mães pressionam a fazer o dever de casa, a pesquisa escolar, arrumar o quarto, dar comida para o cachorrinho. Isso é com certeza um desastre! "Oh, minha vida seria tão melhor sem você me pressionando!". No entanto exitem coisas para as quais não há ninguém que nos pressione para que as façamos. Quem manda você trocar de roupa? Escovar os dentes? Não há um fiscal para isso depois dos 8 anos, então ai entra nossa consciência que, ao acordar, ainda está meio enferrujada e não funciona corretamente, cheia de ajustes a fazer, deixando-nos muitas vezes na regra do 8 ou 80. Com certas coisas lidamos perfeitamente bem, ou nem tanto assim, nos preocupamos demais com algumas coisas e esquecemos de outras de igual importância. Muitas vezes a pressão quem cria é você mesmo, com sua voz interior dizendo "faça isso, Cinderela", "faça aquilo, Cinderela". Somos assim. E muitas vezes acabamos criando uma lista mental com mais trabalho do que podemos lidar, mais tarefas que tempo, coisas simplesmente absurdas para uma pessoa normal, vestimos uma capa de super-herói mas nada é eficiente o bastante. Mas muitos demoram séculos até começar essa pressão psicológica, demoram tanto que o tempo acaba. Regra do 8 ou 80 aqui, não?

Não falarei que essas pessoas devem ser mais organizadas com o seu tempo, planejar melhor as tarefas, não mesmo, é feio apontar para o outro com o dedo sujo, não tenho moral para isso, e claro eu também teria que mudar, mudar é bom, mas também difícil. Muitas pessoas deixam de fazer coisas por medo, o que poderá ser assunto para uma outra prosa, criar pressão psicológica em cima de si mesmo não é lá o melhor modo de vida. Todos precisamos de momentos de paz. Hoje vou assistir "Weeds" e "Sex and the city" o dia todo, jogar "Sonic" loucamente, comer miojo e ler o que Brás Cubas tem a me dizer. Relaxamento.
O que não podemos dizer é que a pressão é uma merda, porque isso é um erro. Pressão nos faz crescer, sim senhor, ao ser pressionado a fazer algo que não gosta você ganha experiência nesse algo que não estaria nem perto de sua realidade caso você pudesse escolher. Você chega a um penhasco e com certeza vai tomar uma decisão. Existem vários pontos de vista, mas esse é o meu favorito: a pressão faz com que você não espere nem mais um segundo.
Agora sim, faça sua lista, mas se lembre sempre: "Homem maduro é aquele que desiste da virtude impossível para não perder a possível". Você não pode fazer tudo, mas faça o que pode.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Mudar é bom?

"Mudanças: Não gostamos, temos medo dela, mas não podemos impedí-las, ou nos adaptamos à mudança, ou ficamos pra trás. É doloroso o processo de crescer, quem diz que não é, está mentindo, mas a verdade é que, algumas vezes, quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam iguais e algumas vezes, a mudança é tudo." (Grey's Anatomy)


A gente muda, a cada segundo uma mudança nova nos ataca, não importa como. Assim como estou em mutação, meu blog também. Sem perceber parei com a psicologia para entrar na sociologia, que me pareceu melhor agora. A psicologia era sobre mim, onde ainda exitem bright sides, a sociologia sobre o mundo, onde o dark side reina, e é sobre isso que ando falando e percebi que assim me saio melhor, então é por onde ficarei, sociologia rocks. Assim, não é só porque não falo mais sobre os bright sides que eles deixaram de existir, não mesmo, eles continuam sendo brilhantes e bons, continuam sendo o motivo pelo qual ouço Jack Johnson numa manhã de domingo. Mas o mundo continua sendo o mundo, cheio de maldade e coisas ruins, continua sendo o motivo pelo qual não assisto telejornais na hora do almoço e não me preocupar com isso seria egoísmo, acho que todos queremos um futuro melhor para nós e nossos filhos que ainda não nasceram (ou não) e para isso devemos manter afiado nosso senso crítico e apontando nossos erros, para transformá-los em acertos.

No entanto essa mudança veio cheia de coisinhas boas: vocês não precisarão mais ler enormes textos sobre mim e minha família louca e lerão textos melhores sobre assuntos de interesse geral (é o que eu espero!). Mas sempre que algo bom for encontrado será destacado por mim com orgulho no peito e brilho nos olhos, o importante é não deixar o otimismo enferrujar e nunca dar lugar ao pessimismo.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

History book on the shelf, always repeting itself*

Outro dia passei em frente a uma igreja e nela estavam fazendo uma sessão de exorcismo. Isso não é lá uma coisa que chama atenção das pessoas, não chamaria a minha caso não tivesse terminado agora de ler o livro chamado "Extraordinary popular delusions" ou "Ilusões populares e a loucura das massas" de Charles Mackay. Nesse clássico da sociologia ele passa pelo menos umas 50 páginas falando sobre "A mania das bruxas" e como a sociedade européia da época fazia o favor de queimá-las. Quem leu provavelmente ficou espantando com o como as bruxas eram apontadas e exterminadas por serem funcionárias do Diabo.
É um desastre como uma tradição tão infudamentada como a prática do exorcismo possa continuar presente em nossa sociedade desde então, claro que hoje em dia é diferente, a forca, a fogueira e outras práticas utilizadas com bruxas que tinham poderes como transformar-se em gatos, fazer com que lindas garotinhas tenham graves doenças e vomitem agulhas, prolongar gestações e até cometer atentados contra vida de reis, que fez quase o mesmo número de vítimas que a primeira guerra mundial durante séculos, não, essas práticas não mais utilizadas abertamente e apoiadas amplamente como já foram, os endiabrados e bruxas de nowadays são apenas exorcizados. O público-alvo desse reality show não mudou nada, eles continuam sendo pessoas com cabeças vazias e mentes influenciáveis cujo passatempo é ir à igrejas de origens duvidosas nas quais deixam parte de seu suado salário no final do mês. Gostaria de saber porque uma simples doença, um desmaio é considerado obra do diabo e não apenas uma falha na saúde, falta de vitaminas ou um aneurisma cerebral. No passado, com uma medicina quase nula, era até compreensível esse tipo de credo, mas e hoje em dia? Por que forças malígnas são mais valorizadas que a medicina? By the way, falar em valorização nos tempos atuais é andar em círculos, valorizar algo ou alguém é uma coisa quase impossível. Você se acha valorizado? Poucos dirão que sim. Enfim, voltando ao assunto, o que vejo de bom na sociedade atual é o respeito as fronteiras do que é errado e do que é menos errado afinal eles não saem queimando os possuidos à louca por ai e o exorcismo, pra quem acredita, é até válido.
Acho que todos estão esperando que eu identifique o lado bom, mas nesse caso é realmente complicado, o desastre é a insitência em uma crença infundada sendo que a ciência está tão avançada agora. Mas o fato é: the history book on the shelf is always repeting itself. O futuro repetindo o passado e ninguém aprende nada, num ciclo sem fim.

Por causa de um bloqueio criativo que venho enfrentando o blog anda meio abandonado, espero que isso passe em breve. Textos menores para o agrado geral serão mais usados por aqui.
*Trecho da música "Waterloo" do ABBA

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Aquele da academia

Um corpo escultural sem nada de barriga, bumbum durinho, coxas fortes... ou pelo menos 3 quilinhos a menos no final do mês. Qual mulher consegue tirar esses pensamentos da cabeça?? Pelo menos as muitas que frequentam minha academia não tiram mesmo. As estatísticas não mentem, na piscina são quase 8 mulheres para um homem, em horário de hidroginástica esse número dobra! Claro que a maioria do pessoal da musculação ainda são os caras bombadinhos mas ai a história muda de figura e foge ao meu assunto. Frequento academias desde que nasci. Sempre fui uma nadadora convicta, desde muito bebezinho, mas há uns cinco anos atrás larguei essa vida para entrar em uma outra diferente. Agora que me vi fora da vida pela qual larguei a antiga resolvi juntar as pontas, fazer um laço entre as duas partes e então tentando resgatar antigos bons hábitos de saúde voltei a frenquentar uma academia e aqui estou.
Há quase um mês de socia fiel do clube do maiô aprendi as mutretas necessárias para ir a natação e sair da piscina feliz e com o ego massageado. A primeira coisa que eu aprendi é não ir nadar a noite pois todos que vão a noite gostam muito de nadar afinal é necessário gostar muito para ter ânimo de sair do trabalho e ainda ficar de molho por uma hora e é por gostarem tanto assim que essas pessoas nadam bem demais, enquanto você está na quinta chegada os outros já estão na vigésima. O horário da noite ainda fica pior nos dias de hidroginástica pois a piscina fica menor e com mais gente, não basta sentir-se um péssimo lame-ass-loser nadador mas ainda fica sem chuveiro para um precioso banho depois da aula pois caso você consiga uma ducha vem sempre uma senhora dizendo que você é folgada por não deixar os mais velhos tomarem banho. Ou seja, natação noturna: nããão. Apesar de ruim nesse horário tem músicas animadas, #SCORE.
Outra coisa importante: a tarde é o horário da Fat Family, sim uma família bem grande em todos os aspectos que vocês podem imaginar. Eles ocupam todas as raias, logo não tem espaço pra ninguém pois fica muito lotado além dessa família vão milhares de crianças que não conseguem acordar cedo para o horário infantil e a professora desse horário é muito chata, maaas esse é o ego massage time, saio de lá me sentindo hiper magra, #SCORE. O meu horário favorito é qualquer um cheio de crianças (crianças não julgam seu corpo e são simpáticas) e com o meu professor legal, o que geralmente acontece pela manhã, logo todos os dias eu acordo e vou nadar, #fim-de-papo.
Nadar é uma coisa que não se esquece mas perde-se a prática então quando eu voltei a nadar, no mês passado estava totalmente ruim, fora de forma. Nos dias a seguir percebi que nadar é igual jogar banco imobiliário, você deve investir no que lhe é vantajoso, se uma braçada mais forte é o ideal, vai fundo, se não investe na perna e assim vai. O desastre da vez foi um pensamento que tive: caso nunca tivesse saido da academia por um tempo hoje em dia eu seria uma atleta que recebe seu salário só para nadar. Os motivos pelos quais sai da academia não consigo me lembrar tão vividamente quanto gostaria mas nada me parece forte o suficiente para ter largado a touquinha por quase 5 anos e descuidado da minha saúde do jeito que fiz, mas enfim, consegui imaginar como minha vida seria caso não tivesse largado essa carreira e me dá uma tristezinha só de pensar em como ela seria diferente agora, não teria tido metade das coisas que tenho hoje e por fim cheguei a conclusão de que não me arrependo de ter jogado fora as olimpíadas, eu precisava de uma vida não de uma medalha.
Acho que é normal para nós humanos ficarmos submersos em pensamentos de como seria se tivessemos escolhido aquele caminho e não esse, o que faríamos se pudessemos voltar no tempo, o medo de termos feito uma escolha errada sempre nos assombra quando colocamos a cabeça no travesseiro e pensamos em nossa situação atual, se a situação atual for ruim a assombração torna-se uma perseguição de alto risco, e assim é o humano. Aqui então vai a pergunta que nunca sai de nossas mentes mas ninguém nunca responde com devida honestidade: se houvesse uma segunda chance para tudo e você pudesse voltar atrás numa decisão, como você faria? ou melhor, se você pudesse voltar no tempo, o que mudaria? E eu tenho certeza que quem responde que faria tudo igual não está sendo 100% sincero, todos mudariam algo, não se engane, "mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira".

domingo, 31 de janeiro de 2010

Uma aprendizagem ou A hard week (vol. II)

Bem, esse post começa com um "Vamos para 3 corações ajudar a Ju na mudança?", "Sim, vamos sim!", "Sexta ou sábado?", "Decidimos depois". Fomos na sexta, mas não sem antes aquele atraso rotineiro, "Vamos por volta das 9h". Até arrumar as malas e armários que iam pra Minas dentro da pirua da minha tia foi um bom tempo, saimos de casa exatamente as 14h35min com destino à papelaria para passar um fax! Enfim, chegamos em Minas por volta das 19h. Aprendizado #7: Não importa o quanto tentemos, nunca sairemos de casa no horário marcado.
Antes de ir prometi ao namorado que iria ligar de 5 em 5 minutos, usando meus bonus de ligadora da oi mas como o mundo não é perfeito, e eu ainda não aprendi isso, existe uma taxa de deslocamento que eu desconhecia antes, ela cobra um valor em cima dos seus CRÉDITOS e claro que eu não tinha créditos, então pela primeira vez em 4 meses dormi sem meu boa noite, acordei sem meu bom dia TWICE! o que foi tortura pura. Tá, vocês devem pensar "Que bobagem, não mata ficar sem falar com o namorado dois dias", pode até não matar mas deixa mal. Aprendizado #8: Antes de viajar coloque MUITO crédito no celular (porque aposto essa tarifa de deslocamento deve ser cara!). Aprendizado Master #aquele que se deve ensinar aos filhos logo quando nascem: O mundo não é perfeito.
Família reunida na sala, comendo sua pizza. Lucas, meu sobrinho de 3 anos, estava brincando com seu avião/disco voador que voa quando ele dá corda, o brinquedo voou e atingiu o lábio de alguém que logo começou a sangrar the hell out, agora se você pensa que o lábio era meu, bingo! mais 6 pessoas na sala e o brinquedo voa em mim, lucky, huh? A partir desse momento nem comi mais minha pizza mas ainda fiquei pensando nela, no outro dia fui procurar...tinha acabado! Aprendizados #9: Não dê brinquedos voadores para seus sobrinhos ou mantenha-se longe do brinquedo, principalmete se você for sortudão igual a mim. #10: Não importa o quanto o seu lábio esteja sangrando, coma a sua pizza.
Dormi sem o boa noite do namorado, acordei sem o boa noite do namorado, pensei que mais nada de ruim poderia me acontecer afinal até o meu lábio já estava inchado, mas turned out eu estava enganada. Estava parada no door way, dentro da fechadura tinha uma coisa preta, fui tentar tirar com o dedo, por que aquilo com certeza iria impedir o fechemento da porta, tentando tirar o coisa preta se moveu, olhando mais de perto, o que era aquilo? era uma simples barata voadora. Não tenho medo de baratas, tenho nojo afinal elas vivem no esgoto e alimentam-se de sujeira, mas quando se coloca o dedo em uma o simples nojo vira uma ameaça a sua higiene e muitos pesadelos com o filme "Joe e as baratas", fiz o que uma pesoa normal faria, gritei (acordando assim o bebe que dormia) e sai correndo para lavar as mãos e os braços no mínimo umas 50 vezes. Aprendizado #11: Não use as mãos para tirar "coisas pretas" de lugares suspeitos.
Hora de voltar, claro que mais uma vez não saimos na hora marcada, mas saimos num horário que nos faria chegar em São Paulo no mais tardar 20h, mas com toda a enrolação, meu primo e eu ficavamos, apenas de brincadeira, dizendo que chegariamos dez da noite. Durante todo o percurso fizemos apenas uma parada para a gasolina mais nada, mesmo quando pedi para ir ao banheiro não paramos, o trânsito estava maravilhoso chegaríamos no horário previsto MAS como São Paulo insiste em ser a terra do temporal e deslisamento de terra pegamos um tremendo trânsito e chegamos que horas?? 22h, ou melhor, as dez da noite. Aprendizado #12: Brincadeiras tornam-se verdade, então não brinque com coisas que você não deseja.

Huum--
Depois dessa viagem alguém ai quer viajar comigo e minha família??

domingo, 17 de janeiro de 2010

Catástrofes verdadeiras

Nessa última terça, dia 12 de janeiro, um real desastre aconteceu, um terremoto de grau 7.0 ocorreu em um país totalmente imerso em profundas dificuldades desde 2004 quando rebeldes fazem uma grande rebelião contra um presidente ditador, essa rebelião tomou proporções exageradas, tão exageradas que a ONU tomou partido e iniciou uma missão de estabilização da paz liderada pelo Brasil que tem atualmente uma quantidade aproximada de 1.266 militares no país, porém essas manifestações continuam agora para que esse mesmo presidente volte ao poder e as tropas, como é de se esperar, reprimem essas manifestações, enfim, guerras com o objetivo de trazer a paz. Sim, estou falando do Haiti.
O país já passava por grandes problemas já citados, como a ocupação de militares e os constantes conflitos, a miséria que assola o local, falta de cuidados médicos, saneamento básico, grande quantidade de favelas, etc, dadas essas condições as consequências do desastre foram ainda piores, o país encontra-se inteiramente devastado sob escombros e milhares de corpos. A Cruz Vermelha estipula que o número de mortos está em torno de 50 mil, só na quinta-feira foram enterrados 7 mil mortos em uma vala comum. O número de desabrigados passa de 3 milhões. Dentre os mortos encontra-se Zilda Arns, intitulada "Brazilian's Mother Teresa" pela emissora norte-americana CNN.
Algumas das imagens podem ser vistas nesse vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=tVcLwm3pnsE

Mas quem pensa que a devastação está longe de nós, longe lá no Haiti, está redondamente enganado, aqui em São Paulo e na região sul do Brasil (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) a chuva está deixando cada vez mais desabrigados, as enchentes estão acabando com as casas, deixando pessoas - que já tinham pouco - com menos ainda.
É nessa hora que pode-se ver a quantidade de pessoas de bom coração e dispostas a ajudar. Estamos fazendo nossa parte, nós brasileiros, enviando doações de alimentos e provisões para o Haiti - doações essas que ainda não foram distribuidas para a população que aguarda faminta, juntando doações para vítimas das enchentes aqui no Brasil mesmo. As pessoas nos USA estão mobilizando-se de diversas para arrecadar dinheiro para ajudar, a principal forma é através de mensagens de texto para a fundação YELE. Uma palavra para descrever o momento que o mundo está passando é AJUDA, com certeza, ajuda e solidariedade e não devastação como muitos acham.
Faça a sua parte também, saiba como clicando aqui.
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