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quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Pra não dizer que não falei das flores

Outubro é, para mim, o mês do cansaço. Estão todos cansados, com olheiras e mau humor, o horário muda e o corpo demora pra acostumar. As tempestades de verão começam e você se vê abrindo o guarda-chuva ao meio dia. O clima fica (mais) louco e num mesmo dia faz calor, frio, venta e chove. As dores no corpo se intensificam, as meninas já desistiram da maquiagem, as unhas ficam por fazer. É difícil resistir ao mês de outubro. As férias estão por perto, mas ainda falta um mês e o único feriadinho não dá conta do cansaço que se instalou no corpo.  Porém, existe uma coisa que não me deixa odiar outubro: as flores.

No ensino médio, estudei numa escola que fica a dois quarteirões do metrô e pra chegar nela eu precisava atravessar uma rua enorme, o que não era uma tarefa muito legal exceto em outubro, quando as flores nasciam e caíam na calçada, formando um tapetão colorido de rosa, roxo e amarelo.

Agora, há 2 anos do meu último outubro no ensino médio, estou na faculdade. Nesse outubro, descobri que a USP é cheia, completamente cheia de ipês amarelos (ok, não são ipês, mas eu como eu não sei o nome, eu chamo de ipês). Daí as florzinhas caem no chão e fica tudo amarelo, bonito e com cara de primeiro mundo. Quando eu passo por um lugar cujo chão está coberto por aquelas florzinhas amarelas, eu tenho a sensação que tudo vai ficar bem e que eu sentirei saudades de outubro quando ele acabar. Tenho certeza que se eu tivesse insta.gram vocês veriam muitas fotos de flores nele.








sábado, 20 de outubro de 2012

Sobre histórias

Conheci muitas histórias nesse ano. Muitas mesmo. Histórias ficcionais ou não. Filmes, livros, séries, pessoas da vida real. 

Nessa semana fui ao cinema, em uma cabine de imprensa, ver "As vantagens de ser invisível". Fiquei encantada não só com a história de Charlie, mas com todas as histórias, com todos os personagens. Saí da sala de cinema com os olhos inchados de tanto chorar e sedenta pelo livro (#fikdik), onde eu sei que posso encontrar muito mais sobre as vidas daquelas pessoas que conquistaram meu coração durante aquela hora e quarenta. O filme é lindo e muito dolorido, dói e te faz mais forte. 


Outra história que me deixou apaixonada foi a de Hazel Grace e Augustus Waters, do livro "A culpa é das estrelas". Nunca havia chorado tanto com um livro. Me envolvi com os personagens de uma maneira muito pessoal, já me sentia amiga de cada um. Sem entrar em detalhes da história em si, essa é uma que eu recomendo muito e com certeza vou guardar com muito amor no meu coração. Assim como AVDSI, é uma história dolorida (bem mais dolorida, pra ser sincera) e que te deixa mais forte, é uma mistura de sensações pela qual todos deveriam passar. 

Nunca paro de pensar em Wiliam Miller, de "Quase famosos". O William é o tipo de pessoa que eu quero ser, apesar de já ser mais velha que ele. Não paro de pensar em como seria maravilhoso acompanhar uma turnê de uma banda que eu gosto. Acho incrível como alguém tão jovem consegue ser tão apaixonado por uma profissão e as descobertas que ele vai fazendo ao longo do filme são lindas. Tiro meu chapéu infinitas vezes pelo Cameron Crowe, não só por Quase famosos, mas por "Elizabethtown" - que é um dos meus maiores amores nessa vida - e por "Digam o que quiserem".


E como personagem que mais me inspirou, eu só poderia escolher a Mackenzie McHale, da série "The Newsroom". Ela fez besteira e vive as consequências disso - essas consequências assombram a coitada.  Mac é desastrada, não sabe lidar bem com as pessoas, mas é fofa, amiga e super-hiper competente. Pensar nela me deixa triste porque me faz acreditar que ainda estou longe de ser metade da jornalista que ela é. Ainda vou falar muito da Mac por aqui, tenho certeza.



Descobri que não gosto muito de histórias que falam somente de amor. O amor é fundamental para uma boa história, mas não é a única coisa que eu espero. Descobri também que gosto muito de sofrer com os personagens: chorar junto é uma forma de descarregar minhas emoções também. Apesar de gostar de sofrer, chego em casa e ligo a TV em busca de uma história que me faça dar risadas, que me tire da minha realidade por alguns minutos. Amo histórias idiotas, aquelas que me fazem morrer de rir e me sentir bem boba por estar rindo.

Adoro colecionar histórias, voltar e encaixar minha vida nelas. Comparar minha vida com as pessoas que vivem essas histórias e me sentir um pouco mais valente é, com certeza, um ótimo motivo para levantar da cama de manhã.
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