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sábado, 30 de julho de 2011

Durma bem, Amy!

Há dois anos perdi meu primo, Evandro. Perder alguém é uma coisa totalmente inacreditável. Já se passaram 2 anos e às vezes eu ainda espero encontrá-lo em casa comendo pastel e assistindo à um filme tosco.

Há uma semana uma amiga me mandou uma sms me dizendo que a Amy Winehouse havia morrido. E mesmo com toda a mídia repetindo a notícia ainda nem sei se acredito. Na terça-feira, foi o velório dela, começaram a falar disso no Jornal Nacional e eu, mãe e irmã nos reunimos pra ver. Quando anunciaram que as palavras do pai dela foram “durma bem, meu anjo” brotaram lágrimas nos olhos das três.

Eu conheci a Amy em 2007. Um amigo me mostrou a letra de Stronger than me, apaixonei. Eu entrei em colapso nervoso e não melhorei até ouvir todas as músicas dela. Fiquei uns 4 meses ouvindo Amy sem parar e nada além disso. Daquele jeito de cantar junto, respirar junto, imitar os instrumentos. Dai que a paixão foi se estabilizando e fui abrindo espaço pra outras bandas e cantores. Nesta época pedi o Back to Black de Natal mas ganhei uma jaqueta. Comprei um vestido no estilo dela e jurei que minha fantasia da próxima festa seria de Amy, não fui à nenhuma festa a fantasia desde então.

Pois veio o desastre: meu antigo computador pifou e com ele toda a discografia de dois álbuns da Amy foram pro espaço. Decidida a baixar só o que estava na minha cabeça, dois discos viraram um. E mudando de computador mais uma vez, dois discos viraram quatro músicas. O pior disso tudo é que eu não percebi isso até sábado. Eu sempre ouvia mas não tinha parado pra pensar o quanto tinha reduzido. Até que há uns meses eu estava sentindo falta de uma música dela, procurei pra baixar e sair cantando “Amy, Amy, Amy” por ai, mas quem disse que eu achei?

Sabe quando os artistas morrem e ganham uma legião de fãs mas em vida não tinham nada? É bem isso. Sabe aquele ditado que diz que a gente só dá valor quando perde? Bem isso.

Não tem um mês que a Amy era a chacota de várias revistas por dar vexame nos shows, já nesta semana, tem uma foto dela super comportada, gordinha, com cara de saudável e sem o cabelo de ninho, com a legenda “1983-2011”. Ok, hipocrisia com respeito. Ai eu, fã das antigas escuto uma tiazinha no ônibus dizendo que foi tarde e que ela nem era boa, nem preciso dizer que a vontade era de voar no pescoço. Ela podia ser alcolátra drogada o que fosse mas ela era filha de alguém, irmã de alguém, prima de alguém. Mais respeito por favor?

O fato é que a Amy foi parte da minha vida, espero ainda de coração ter o Back to Black, espero ir à uma festa fantasiada dela e com certeza ela vai estar sempre lá, no A da minha biblioteca, não importa com quantas músicas.


segunda-feira, 25 de julho de 2011

Novo vício!

Eu queria muito fazer um texto sobre Harry Potter ou sobre a morte da Amy Winehouse, ambos muito queridos por mim, mas ao invés disso resolvi alegrar todo mundo e falar sobre meu novo vício: Get Glue.

O Get Glue é um tipo de rede social onde você ganha adesivos por estar ouvindo tal artista, vendo tal filme ou série, etc. Não é muito fácil de explicar o funcionamento, mas é incrível sair por ai dando check-ins e ganhando adesivos. E o mais incrível é que eles mandam os adesivos em casa!

O meu namorado e o meu amigo Cauê me incentivaram a criar um perfil e com isso acordaram um monstro. Eu sou muito competitiva, quero sempre ganhar e estar a frente, já disse que eu sou a Mônica Geller. Entro no fórum toda hora para ver se tem mais algum adesivo para ganhar. A primeira página que abro ao ligar o computador é o GG. Não paro de pensar nas coisas que eu posso dar check-in e ganhar mais adesivos. Não importa se eles vão demorar MUITO para chegar já que o site envia somente 20 por vez e só uma vez por mês, um dia eles chegam e toda a minha casa será coberta por adesivos (ou não).

Também já passei meu vício adiante: Renata, Gabi Petrucci, Taylor... todas lá e tudo porque eu fiquei empolgada e sai por ai falando sem parar, igual aquelas crianças que não respiram enquanto falam de pura empolgação!

E se vocês querem saber, o meu perfil até mostra que estou "obsessed with Death Cab for Cutie". Puro amor.

Todos dão like

sábado, 16 de julho de 2011

Saudade de pensar

A verdade é que eu sinto saudade de pensar. Pensar, pensar. Para ser mais sincera não pensar mas filosofar, questionar. Não aquela filosofia da escola - tanto porque se eu estivesse pensando nela estaria agora imersa em um existencialismo do inferno que, graças a Deus, eu já passou (mas eu sei que por mais que eu fuja ele volta). Estamos todos condenados à Sartre, não adianta correr. Eu sempre fui bastante crítica, sempre formando opiniões e ideias sobre tudo, agora esse meu instinto parece meio adormecido.
Voltando ao assunto: eu sou vestibulanda, o que eu mais faço é pensar mas eu passo os dias pensando em como resolver uma função logaritmica ou como deslocar um corpo usando somente 10 joules. Sendo direta, passo o meu tempo pensando em coisas inúteis. Para fugir deste mundo sem atrito eu me apego aos meus estudos de humanas, gosto muito de imaginar como era viver na época de Henrique VIII e até escolhi meu rei favorito, porque humanas fazem um sentido real para mim, o que as exatas não fazem. O problema é que eu preciso estudar mais exatas então minha cabeça na maioria do tempo fica cheia dessas besteiras de energia, pressão, logaritmos, inversos, bijetoras... E é normal, a maioria dos vestibulandos sofrem disso. Alienação típica. Ano passado eu estudava bem menos porque passava mais tempo pensando em questões mais práticas e presa em questões existenciais.
É um ciclo vicioso, quanto mais tempo passo pensando em resoluções de questões menos consigo achar soluções para problemas. Cheguei ao ponto de não saber qual solução dar em redações, de ter dificuldade de formular mais de uma opinião sobre um assunto apesar de ainda não estar nem perto de um exatóide.
Sentei aqui pensando no que ia escrever para o blog e fiquei pensando nos últimos meses o quanto eu escrevi mentalmente, o quanto eu produzi e não passei para o papel por falta de tempo mesmo. Eu tenho aquele instante na cama antes de dormir, um R.E.M., onde produzo textos e textos na esperança de lembrar na manhã seguinte e passar para o plano tangível mas nunca sai. Cheguei a conclusão que serei a Alba del Valle, a garota que escreve sem papel. É paradoxal isso que eu estou vivendo, estou lutando para entrar na faculdade para aprender a fazer o que eu gosto e enquanto eu não entro eu tenho de deixar de lado o que eu gosto, paradoxo. Todo esse abandono de blog: paradoxo. Todas as aulas de matemática: paradoxo. Embora faça sentido porque o início de tudo isso, o início da motivação para entrar na faculdade, foi a minha necessidade de exteriorizar sentimentos e o vazio de palavras é porque eu estou lutando para não os ter. Sentimentos atrapalham seriamente uma mente focada em um objetivo, só mantenho o amor, que é essencial. O amor é o que me motiva a acordar cedo, passar tardes resolvendo bullshits sobre coisas que não entendo, a dormir tarde, a tirar forças de dentro de mim mesma e nunca me acomodar. Guardo meus sentimentos para ter mais força, mais racionalidade e concentração.
Eu procuro fazer a manutenção da minha felicidade todos os dias, aprendi a sorrir a cada vez que me supero nos estudos, cada vez que aprendo algo que não sabia antes me vejo mais perto da minha meta. É essencial estar feliz ao lutar por um objetivo. Tristeza não motiva ninguém.
A verdade é que eu sou Alba del Valle Trueba.  

domingo, 10 de julho de 2011

Make something that no one else has



"Well I won't guess
Whats coming next
I can't ever tell you
The deepest well
I've ever fallen into"

Feist, na próxima vida eu quero nascer você.
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