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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Desculpa, Tim, eu desisto de você!


Todos temos aquela coisa que tem muita vergonha de assumir, todos. Pode ser besteira do tipo “eu não gosto de sorvete” ou uma coisa super séria “bati o carro do meu pai e fugi” mas a tal coisa existe. Algumas mais graves que outras e muitas não devem ser ditas em voz alta mas aquelas vergonhas mais “leves” são as que levam os amigos à risada e te tornam uma caricatura de si mesmo, essas são O fato pelo qual você se torna conhecido. “Olha ali, aquele é o cara que não gosta de sorvete”.

Pois bem, dito isso tenho uma confissão a fazer: eu não consigo gostar dos filmes do Tim Burton. Me julgo muito por causa disso mas juro que não foi por falta de tentativas. Cada vez que um filme do senhor Burton é lançado, eu corro pro cinema mais próximo de casa pensando “pode ser esse!!” mas chego em casa frustrada e de consciência pesada, pensando “ainda não foi esse”. Pra mim é uma grande frustração porque todos que conheço são tão fãs do cara que eu passei a acreditar que não sou normal por não gostar dele. É o equivalente a não gostar de filhotes de cachorros quando passamos isso pro mundo do cinema.

Okay, pra ser justa comigo eu gosto de um filme dele: Peixe grande. Na real, faz tanto tempo que eu vi o filme que nem lembro se realmente gostei ou se falei que gostei pra agradar o Burton-maníaco que me emprestou o DVD então faço questão de não rever o filme justamente pra evitar descobrir que na verdade eu não gostei tanto assim. E também porque quando a conversa toma esse rumo posso falar que “adoro Peixe Grande” e ainda por cima saio com cara de cult porque nem todo mundo conhece o filme.

O fato é que eu me encanto com a arte, com a cenografia, com a Helena Bonham-Carter mas sempre me decepciono com o filme no conjunto. Às vezes a história não me agrada, outras vezes o final estraga tudo e em outras acho os personagens forçados. Separadamente é tudo muito genial mas o conjunto me incomoda muito. Apesar de que sempre me esforço pra tentar achar legal.

Quando fiquei sabendo que o Tim estava dirigindo Alice dei pulinhos de alegria, “finally vou gostar de um filme dele!” mas pelo contrário, não só foi a decepção do ano como achei que ele estragou totalmente a versão Disney da Alice que eu tinha em mente. Com Sweeney Todd a coisa não foi diferente. O Sweeney é um dos filmes favoritos do meu namorado então eu estava muito disposta a gostar, assistimos juntos, comentando os detalhes legais e afins mas subiram os créditos e me veio a insatisfação de dizer a ele que eu não havia gostado do filme. E posso continuar por horas. A noiva cadáver, Edward mãos de tesoura... Me dei ao luxo de não ver O Estranho mundo de Jack pra não me sentir sozinha num planeta onde todos os meus amigos tem bottons do Jack na mochila, prefiro dizer “nunca vi” a “não gosto”.

Agora, eu desisto. Não vou mais nem tentar gostar e quando for ver algum filme dele já direi que não vou gostar, quem sabe isso não me faz mudar de ideia?

foto daqui


domingo, 29 de janeiro de 2012

Ease your feet in the sea

"Ease your feet off in the sea
My darling it's the place to be
Take your shoes off curl your toes
And I will frame this moment in time
Troubles come and troubles go
The trouble that we've come to know
Will stay with us till we get old
Will stay with us till somebody decides to go
Decides to go"



RJ
Ah, Mar, como eu queria que você tivesse levado um pouco das minhas preocupações com você e me trouxesse um pouco mais de tranquilidade. Conto com você em um encontro mais calmo e feliz que não tardará a acontecer, prometo! Por enquanto ficarei longe de você, numa cidade gelada que chamo de minha.


sábado, 21 de janeiro de 2012

Por enquanto, a minha é Federal


2010 foi meu primeiro “ano de vestibular” propriamente dito. Como era o primeiro me dei ao luxo de prestar unicamente a faculdade dos sonhos, a USP. E não me arrependi. Não passei e não tive ENEM pra me ajudar: me arrependi por alguns minutos mas depois de pensar friamente percebi que foi melhor assim porque tive uma segunda chance, pude estudar tudo de novo, dando o máximo de mim. Em 2011 cheguei até a segunda fase da fuvest, que fiz nos dias 8, 9 e 10 de janeiro, cujo resultado saí dia 4 de fevereiro, pra me deixar louca de tanta espera.

Mas em 2011 resolvi prestar ENEM, assim, just in case. Não sei o que me motivou mais a fazer ENEM: o medo de não passar na USP, o medo de ter que voltar pro Etapa ou o medo de não poder voltar pro Etapa e não ter uma faculdade pra fazer. Enfim, fiz o bendito ENEM e com toda aquela palhaçada e estresse depois me inscrevi no SISU com uma nota não lá tão agradável quanto eu queria. Como eu não queria sair de São Paulo City resolvi escolher a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) pra concorrer as vagas pelo SISU. Por fim, só pra garantir, prestei um curso que eu SABIA que passaria porque isso é possível pelo site, reclamem o quanto quiserem do ENEM mas o site do SISU é bom.

A Unifesp me garantiu uma faculdade, um lugar pra ir caso o pior aconteça. Não posso dizer que acordei morrendo de alegria e soltando arco-íris pela boca. Me trouxe um grande alívio sim, com certeza, porque no mínimo vou estudar na federal mas ainda não é o que eu quero. Quero a faculdade pra qual me matei de estudar mais dois meses inteirinhos depois do ENEM. Não é ingratidão e tenho certeza que se eu realmente precisar estudar lá tenho altas chances de encontrar alguma felicidade.

No final das contas me inscrevi e já estou matriculada em Ciências Sociais da Unifesp no Campus de Guarulhos. Tomei trote e tudo. Agora já sou oficialmente uma universitária.



sábado, 14 de janeiro de 2012

A Nova Era


Você planeja as mudanças mas elas nunca acontecem de verdade se você não força a si mesmo a colocá-las na sua vida. Pelo menos é assim que as coisas funcionam pra mim. Se o hidratante não estiver na pia do banheiro quando eu saio do banho eu nunca usarei, por mais que entre as minhas metas de início de ano esteja lá: usar hidratante todos os dias.

Para que as coisas funcionem na minha vida elas precisam ser hábito ou necessidade.

Nesse início de ano, comecei a planejar as mudanças necessárias na minha vida. Comecei me livrando da poluição visual das paredes do meu quarto, que estavam cheias de fórmulas e coisas que eu julgava que eram necessárias decorar pro vestibular – e algumas foram muito úteis. Vou fazer uma espécie de redecoração no meu humilde quarto, deixá-lo com um ar menos estudante-compulsiva-gordinha-neuótica e mais oi-estou-na-faculdade-vou-pendurar-um-quadro-caro-na-parede. Colocarei algumas fotos de pessoas especiais no meu porta-retrato no estilo rolo de filme que ganhei de aniversário (faz tempo) e assim que saírem os resultados da USP farei uma enorme e linda fogueira com minhas apostilas - meu direito – para dar espaço aos meus livros de universitária. Quero um quadro de Nova York pra pendurar na parede, ao invés da folha de sulfite escrita “may the force be with you”.

Também dei uma arrumadinha no visual do blog. Gostaram? Por mais que eu adore odiar 500 dias com ela, já estava na hora de mudar.

O meu próximo passo é uma boa ajeitada no meu guarda-roupas. Serei bem crítica: tudo que eu não uso desde 2009 vai para doação. Também serei um pouco mais categórica com as próximas peças que entrarão nele, nada de acumular mils camisetas, preciso de um visual mais arrumadinho afinal em agosto chegam os 20 anos. Descudei do meu visual demais no último ano, porque né, pra quê me arrumar toda pra ir pro cursinho? Enfim, acabou esse pensamento. Quero ser daquelas meninas que usam maquiagem pra ir malhar e têm o cabelo no lugar até quando estão dormindo.

Aos poucos irei introduzindo no meu dia a dia as mudanças que eu preciso ver na minha vida. Não é fácil mudar algumas coisas apenas por vontade, preciso de um marco tipo “parei de tomar leite depois que ele saiu pelo meu nariz”. 2011 foi uma bom marco pra tudo na minha vida. Foi o ano divisor de águas, separando tudo o que aconteceu antes da faculdade – pré-universidade – do que está pra acontecer.

É, minha gente, estou inaugurando uma Nova Era.
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