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domingo, 7 de novembro de 2010

O que faz você feliz?

O que faz você feliz? É isso que eu me pergunto desde sempre. O amor me faz muito feliz, o amor de verdade daquele que faz uma pessoinha acordar as 7 da manhã para me dar bom dia e me faz chorar de saudade, o amor de quem me colocou no mundo e me liga todos os dias nos meus 60 minutos de almoço para ver se eu realmente estou almoçando, o amor daquelas pessoas essenciais que me mandam sms fofinhas, que me chamam de sis, que me dão esmaguinhas, que somem o ano inteiro mas um dia me mandam 10 mil depoimentos que deixo na minha página inicial do Orkut para ler sempre que eu entro lá, o amor de três peludinhas que fazem a maior festa quando eu chego em casa. Ver a minha versão televisiva em uma série médica dark and twisty faz com que eu me sinta menos danificada nesse mundo cruel em que vivemos e ao mesmo tempo me faz bright and shiny achando que tudo é possível apesar dos pesares e minha vida caso eu tivesse nascido na California, fosse rica e bonita. A song is meant to keep me doing what i’m supposed. E agora, o que mais me faz feliz? Esse mais é um problema bem grande para mim, um problema que vive bitting my ass há mais de dois anos já.
Vamos aos fatos: eu acordo, tomo banho, tomo café e vou trabalhar, trabalho das oito ao meio dia vou para casa almoço por uma hora e volto ao trabalho, trabalho da uma às cinco e meia, vou em casa pego minha mochila e corro para o cursinho onde fico das sete e dez às cinco para as onze, volto para casa e morro até o dia seguinte para recomeçar a jornada. No fim de semana tenho uma lista de exercícios acumulados, um quarto sujo e bagunçado, unhas mal feitas, pernas para depilar e um monte de tarefinhas de casa para fazer. E minha vida não será diferente disso até o final da faculdade o que me leva a uma conclusão barata: se eu não incluir o que eu gosto no meu dia-a-dia eu nunca terei tempo de fazer o que me deixa feliz, falando profissionalmente. Ou seja, eu preciso escolher um curso que eu goste e me sinta confortável para trabalhar com ele every single fucking Day. Aqui é que o meu problema se encontra. A minha situação é a seguinte, eu faço tanta coisa que eu não gosto que eu nem lembro mais das coisas que eu realmente gosto. Às vezes tenho vontade de fazer minha versão de “Comer, rezar, amar” pegar meu dinheiro que estou juntando para conhecer a Califorinia (mas que no final vou usar para começar a comprar meu apartamento na vila madalena) e tirar meu ano sabático fazendo meu próprio “The Happiness Project” mas quem me conhece sabe que não tenho guts para isso, eu sou certinha demais para isso, sou muito ligada a opinião alheia, infelizmente, e isso me atrapalha, me torna uma pessoa insegura, óbvio. Queria ser uma Samantha Jones, bater no peito e dizer “Fuck what they think” mas não consigo, queria ser mais confiante, menos tímida e danificada.
Sabe o lado bom? Assumir essas coisas para os meus dois leitores três leitores já é um ponta pé para o início do Rehab, you know what i mean, apontar o que está errado é um bom meio para corrigir. O que eu posso dizer é que eu acho que não deveria ter prestado o curso que prestei na FUVEST, e já sei mais ou menos o caminho que eu deveria seguir e ele tem muito a ver com o que eu estou a fazer agora, que é escrever. Mas como a vida não é só isso ainda tenho muitas providencias a tomar, muitos ajustes a fazer, muitos erros para cometer. O meu presente me tornou a Addison na segunda temporada lutando por aquele casamento que ela sabia que já estava acabado só para ver o que vai dar, eu lutando para ver no que vai dar. Mas in the end of the Day eu passei esse ano todo errando, o que me ensinou muitas coisinhas, me ensinou a levantar depois de cada crise e que dar o meu melhor é o melhor caminho mesmo que isso me deixe uma estoicista asceta a La Cecilia Meireiles com a lack of dom literário, claro. A vida é bem assim, abrir mão de coisas para se ter outras.

5 comentários:

Ju disse...

as vezes demoro, mas sempre acabo aparecedo aki pra ver os seus textos...
no final a vida eh complicada, e a cada dia vivemos de fazer escolhas, e assim vamos vivendo,
beijaaao
ti adoro

Gabriel Pozzi disse...

amooor, retomando as origens de ver o lado bom das coisas!
acho que esse texto te faz mais forte, releia-o quando necessário! a principal coisa é de fato reconhecer que saímos mais fortes depois de cada queda e que temos que dar nosso melhor em tudo!
eu entendo esse seu sentimento de querer dizer "oh, fuck it! i'm gonna have a party", mas a vida não foi feita para isso meu amor, não nesse planeta, então não se sinta covarde de ter que acatar as leis de nossa sociedade, de ter que trabalhar para gente que você não quer para ganhar um dinheirinho, ou ter que se submeter uma rotina desgastante e extremamente ingrata, pois os valores que vamos arrecadando com isso são os que nos compensarão no futuro ;)

te amo s2

Gabie disse...

3 leitores :)

Rúvila Magalhães disse...

Foi devidamente corrigido, Gabie! :D

Gabi disse...

Pode colocar uma quarta leitora aí!
Adorei mesmo, adorei as referências, as misturas com expressões inglesas... Caramba, tá de parabéns!

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