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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ser Jota

Tenho que assumir que há umas duas semanas atrás estava listando os prós e contras de trabalhar em uma empresa júnior. Sempre gostei da Jota mas ainda não estava em um estado de amor, um amor que motiva. Até semana passada!

Pra quem não sabe, semana passada foi nossa VI Semana de Fotojornalismo. O maior evento da empresa, destinado a aproximadamente 500 pessoas, o que é muito. E o evento seria feito por nós, do zero. Cada núcleo cuidaria de uma parte. Sou do núcleo de Audiovisual então ajudei em vídeos (teaser e abertura) além da cobertura do evento em si.


As coisas foram saindo, ficando prontas e cada um deu sua pequena (ou grande) colaboração de modo a formar uma coisa grande e linda! Posso dizer que até as mafiosas me ajudaram, panfletando na Bienal, em pleno encontrão (falarei mais disso logo, WAIT FOR IT).

Todos os núcleos juntos, se comunicando e trabalhando com o mesmo ideal na cabeça, deram origem à semana de fotojornalismo mais grandiosa e linda que eu já participei – ok, foi a primeira mas sei que será difícil superar. Decidir juntos o que fazer, aprender uns com os outros, trabalhar brincando... tudo isso fez/faz parte da nossa rotina de estudantes de jornalismo que tocam uma empresa júnior. 

Se vocês querem minha opinião, vão correndo fazer parte da empresa júnior do curso de vocês. É uma experiência incrível, que agregará muito na sua vida profissional. Não tenha preguiça. O aprendizado, o companheirismo e a autonomia são muito gratificantes.

Depois disso tudo, não há dúvida alguma que eu estou no lugar certo. É na jota que eu quero trabalhar com dedicação e entrega, sempre com a certeza que as coisas vão dar certo e que juntos temos um potencial enorme! Obrigada, Jornalismo Júnior! A ECA não seria a mesma sem vocês!

Seus lindos *-*

domingo, 12 de agosto de 2012

Por que escolhi jornalismo?

Na maioria dos dias eu esqueço porque optei por esse curso. Sério. Me pego lendo algum artigo ou vendo uma aula na qual bombardeamos a grande mídia com críticas ferozes (e com muita razão). Penso que vivo em um país no qual as pessoas mal leem o panfleto da pizzaria e nesse mesmo país, a novela, cujo final todos já sabem, tem mais audiência que um programa interessante e inteligente que passa no mesmo horário. Pra falar a verdade, nem é necessário ter diploma pra exercer a profissão de jornalista (o que eu rezo muito pra mudar, VAMOS LÁ DEPUTADOS!). Por que alguém em sã consciência optaria por uma profissão na qual não existe feriados, não há margem de erros, não é estável, não faz fortuna, etc etc etc??

Foi uma escolha totalmente sentimental.  Só pode ser amor. Desde que escrevi meu primeiro info na Futura Press, a agência de fotojornalismo onde trabalhei, sabia que minha vida não seria mais a mesma. Tentei fugir, prestar outra coisa, buscar outros caminhos, o que todos sabem que não deu muito certo afinal hoje estou lá na USP estudando pra ser justamente esse ser estressado e altamente criticado. Agora não consigo me ver fazendo outra coisa que não seja escrever e passar alguma coisa interessante adiante.

Queria pensar que o jornalismo vai fazer uma grande diferença na vida das pessoas. Pode até fazer, claro, mas ou não é uma diferença muito grande ou não são muitas pessoas assim. Pensando assim por cima, o jornalismo é hoje uma coisa que está na vida de todos mas não como uma escolha de primeira necessidade. Falando do grande público, a informação caí no colo das pessoas através de uma invasão da TV e só. Nada muito profundo. Podemos considerar o jornalismo como o café da tarde: uma coisa que todos precisam mas quase ninguém morre de amores e muitos até pulam essa refeição totalmente underrated. (E, sinceramente, nem dá pra morrer de amores com esse jornalismo que a gente anda vendo por ai)

Não sou lá idealista (apesar de querer ser) a ponto de pensar - como alguns dos meus colegas de classe quando um professor expôs essa questão pra classe - que vou mudar o mundo. Se fosse pra isso acontecer, o William Bonner já teria feito. Mas sou idealista o bastante pra pensar que eu posso mudar o jornalismo. Sim, acho que ainda dá pra salvar e é por isso que eu vou à faculdade, estudo, pego optativas que me ocupam a tarde,converso com os colegas (que no fundo tem esse mesmo desejo mas ainda não sabem)... Tudo isso em busca do jornalismo interessante.


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